Exército permanece no Rio por prazo indeterminado e subirá morros, diz ministro

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), e o ministro da Defesa, Nelson Jobim, anunciaram, na tarde deste sábado, que o exército permanecerá na operação no Rio de Janeiro por prazo indeterminado. Segundo Jobim, agora, os militares subirão os morros durante as operações.

Cabral havia solicitado formalmente ao governo federal a presença do Exército por mais sete meses. O pedido já havia sido negado, conforme antecipou a Folha.

Jobim anunciou também que, durante a ocupação no Rio, os militares do Exército subirão morros para fazer patrulhamento, revista e prisões em flagrante. Antes, segundo o ministro, esse trabalho era restrito ao entorno dos morros.

Além de Cabral e Jobim, o secretário de Estado de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, e representantes das forças de segurança envolvidas nos trabalhos de ocupação no Complexo do Alemão e na VIla Cruzeiro participaram de uma reunião, inciada às 15h de hoje, no Rio, para tratar da nova fase das operações de segurança no Estado.

O Complexo do Alemão foi ocupado domingo (28), com o apoio das Forças Armadas, praticamente sem resistência dos traficantes. Na quinta-feira (25), policiais já tinham entrado na Vila Cruzeiro, favela vizinha ao complexo. As ocupações ocorreram após uma série de atentados ocorridos na cidade, que resultaram em mais de cem veículos queimados.

As ações criminosas seriam uma retaliação dos traficantes contra a instalação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) em morros e favelas, segundo as autoridades de segurança.