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Politica Brasil
Quinta - 18 de Novembro de 2010 às 20:46

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O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta quinta-feira que encerra um ciclo no comando da pasta, agradecendo ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela oportunidade. Contudo, ele não descartou a possibilidade de seguir no posto para o próximo governo e se colocou "à disposição" da presidente eleita Dilma Rousseff.

Para Lupi, a questão do encerramento de ciclo é apenas "uma demonstração de que considera cumprida a tarefa neste governo". "Nós temos de dar total liberdade para a presidente Dilma para ela avaliar quem fica, quem sai, qual é o Ministério. Nós não podemos forçar a barra. Acho que eu busquei dar o melhor de mim para fazer um bom trabalho no Ministério. Eu tenho a consciência tranquila", afirmou.

Indagado sobre se tem interesse de permanecer, Lupi desconversou e afirmou que somente se Dilma quiser sua permanência ele fica. "Não depende de mim. Mas se ela quiser, se for o desejo dela, me submeto ao partido. Eu estou à disposição, sou homem de partido", afirmou o ministro do Trabalho.

Ele ressaltou que seu partido, o PDT, já demonstrou interesse em seguir no comando do Ministério do Trabalho. "Mas o partido não vai forçar nada. É o momento de dar tranquilidade para a presidente eleita escolher as pessoas que ela quiser, pois é essa a vontade do povo brasileiro", disse.

Lupi deu as declarações durante a cerimônia de inauguração do Centro de Referência do Trabalhador Leonel Brizola, em Brasília. O espaço que tem como finalidade a preservação da memória do trabalho no Brasil, dando continuidade à produção de conhecimentos sobre o tema e sobre o papel do Ministério do Trabalho na história brasileira.

CRIAÇÃO DE EMPREGOS

O ministro ainda comentou a expectativa para o resultado da criação de vagas de trabalho com carteira assinada do mês de outubro, que será divulgada nesta sexta-feira pelo Ministério. "Vai ser um número bom. Como acontece sempre no final de ano, é um número forte, mas não tão forte como nos outros meses", disse.

Ele tornou a dizer que o governo irá atingir a meta de criação de 2,5 milhões de vagas formais até o final do ano. "Falta muito pouco para chegar a esse número. Ainda temos o mês de novembro e o mês de dezembro, quando sempre tem uma queda, mas vamos com certeza atingir o objetivo de 2,5 milhões de emprego criados neste ano", afirmou. No acumulado do ano até setembro, o saldo de criação de postos com carteira assinada atinge 2,201 milhões.

SALÁRIO

Em discurso durante a cerimônia de inauguração do centro, o presidente Lula deu uma alfinetada no deputado federal Paulo Pereira da Silva, líder do PDT na Câmara, e presente ao palanque. Ontem, durante reunião do Conselho Político da Presidência da República, cujo áudio vazou para a sala de imprensa do Palácio do Planalto, reclamou do valor do salário mínimo proposto pelo governo (R$ 540) e da não aprovação da PEC 300, que fixa um piso nacional de R$ 3.200 para os policiais militares.

"Nesses oito anos, tivemos um crescimento da massa salarial para o Paulinho nunca mais reclamar", disse o presidente.

Após a cerimônia, Paulinho disse que a alfinetada de Lula foi "normal" e que sua função, como sindicalista, de cobrar aumento de salário "incomoda o governo", mas que vai continuar pressionando por um aumento maior.






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