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Nacional
Quinta - 18 de Novembro de 2010 às 17:23

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As seis principais centrais sindicais querem criar uma exceção para o cálculo do salário mínimo de 2011.

A CUT (Central Única dos Trabalhadores), Força Sindical, Nova Central, CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) se reuniram nesta quinta-feira com os ministros Paulo Bernardo (Planejamento) e Carlos Eduardo Gabas (Previdência Social) para discutir o reajuste do mínimo do ano que vem.

O argumento para a mudança do cálculo especificamente no ano de 2011 é a crise financeira internacional que fez com que o Brasil tivesse crescimento próximo de 0% em 2009. Desde 2006 o cálculo do mínimo leva em consideração a inflação do ano anterior ao da concessão do reajuste e o PIB de dois antes.

A proposta das centrais sindicais é de que o mínimo chegue a R$ 580 no ano que vem. O governo, por ora, fala em R$ 540 reais.

"Os R$ 580 refletem hoje o bom momento da economia. É a média dos reajustes dos último anos, do PIB dos últimos anos, mas também reflete o bom momento do PIB de 2010", afirma Artur Henrique, presidente da CUT.

Ao justificar a criação da exceção as centrais querem utilizar o PIB de 2010 e não o de 2009 no cálculo.

Paulo Bernardo diz ver com ceticismo a proposta das centrais. "É muito arriscado usar o PIB desse ano. Pode gerar uma série de disputas judiciais, uma série de problemas."

"O melhor pra nós, o governo, é resistir à tentação de um ponto que "ó não gostamos do resultado desse ano e então tem que mudar" tem que conversar direito porque o critério é benéfico se você olhar a longo prazo."

Na reunião de hoje, as centrais manifestaram a intenção de discutir não apenas o valor do mínimo, mas também o reajuste das aposentadorias, acima de um salário mínimo e a correção da tabela do imposto de renda. Uma nova reunião deve ocorrer na semana que vem e além dos integrantes de hoje contará com a presença do ministro Carlos Lupi (Trabalho) e do secretário-geral da presidência Luiz Dulci.






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