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Nacional
Segunda - 15 de Novembro de 2010 às 16:27
Por: Eric Brücher Camara

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Países em desenvolvimento, os mais afetados pelo fenômeno, levaram 600 jornalistas à reunião
Países em desenvolvimento, os mais afetados pelo fenômeno, levaram 600 jornalistas à reunião

Países em desenvolvimento, os mais afetados pelo fenômeno, levaram 600 jornalistas à reunião
O Brasil foi o país que publicou o maior volume de notícias sobre a conferência sobre das Nações Unidas sobre o clima em Copenhague, no ano passado, de acordo com um estudo britânico divulgado nesta segunda-feira.

A pesquisa, da Fundação Reuters de Jornalismo e da universidade de Oxford, concluiu que dos 427 artigos publicados nos 12 países estudados, 88 saíram na imprensa brasileira. Em segundo, está a Índia, com 76 notícias, seguida por Austrália (40), Grã-Bretanha (39) e Itália (37).

O relatório confirma ainda que o Brasil levou a maior delegação oficial entre os 119 países que participaram, com 572 pessoas, seguida pelo país-sede, Dinamarca (527), China (333), Estados Unidos (274) e Grã-Bretanha (211).

Entre os órgãos de imprensa que cobriram o evento, as organizações Globo levaram 15 dos cem representantes brasileiros.

O grande interesse da imprensa brasileira elevou para 5% a participação da América Latina entre os jornalistas registrados para a conferência, segundo o estudo.

Em 2007, quando o encontro aconteceu em Bali, esta porcentagem foi de 1%, subindo para 3% no ano seguinte, em Poznan, na Polônia.

"Maior evento"

Já o número de jornalistas brasileiros subiu de 14, em Bali, para cem em Copenhague. Entre os motivos para o grande interesse da imprensa brasileira no tema, o estudo cita:

"Muitos dos principais jornais e revistas do Brasil, inclusive especializados em economia, têm repórteres especializados em ciência ou meio ambiente. A TV Globo, conhecida como uma das maiores empresas privadas de mídia do mundo, que domina o cenário doméstico, frequentemente cobre o assunto."

A conferência foi considerada o evento não-esportivo que mais atraiu jornalistas até hoje, com cerca de 4 mil registrados. A grande maioria (85%), de países desenvolvidos.

Países em desenvolvimento levaram quase 600 jornalistas à capital da Dinamarca.

Por outro lado, os países que menos espaço dedicaram à histórica reunião sobre mudança climática foram Nigéria, Rússia e Egito.

"Desafio maior"

O levantamento inédito foi realizado pelo estudioso James Painter, que analisou a cobertura sobre Copenhague e entrevistou cientistas e jornalistas.

Ele concluiu que, apesar da intensa cobertura sobre o evento, os aspectos científicos do tema mudança climática foram pouco explorados.

"Levar a ciência à mídia vai permanecer um desafio ainda maior em tempos em que audiências e editores em vários países sofrem de fadiga climática", afirmou Painter.

Para ele, é preciso maior discussão entre cientistas, jornalistas e legisladores para que o assunto se mantenha em pauta.

O estudo se concentrou na imprensa de 12 países: Austrália, Brasil, China, Egito, Índia, Itália, México, Nigéria, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos e Vietnam.

No Brasil, foram examinadas notícias publicadas nos sites e jornais Folha de S. Paulo e Super Notícia.






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