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Educação/Vestibular
Sexta - 12 de Novembro de 2010 às 07:01

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O processo de escolha da gráfica que imprimiu o Enem 2010 favoreceu desde o início a empresa vencedora, afirmou uma das concorrentes. Um procurador federal investiga essa licitação, segundo reportagem de Fábio Takahashi publicada na edição desta sexta-feira da Folha.

De acordo com o texto, logo após o lançamento do edital, em junho, a Posigraf (do Grupo Positivo) pediu impugnação do processo, alegando que parte das exigências não eram "imprescindíveis" para a disputa e que havia "fundado receio de que apenas a RR Donnelley" atenderia aos pedidos. A alegação não foi aceita pelo Inep (órgão de avaliação do Ministério da Educação).

Na disputa, a gráfica Plural [parceria do Grupo Folha e da Quad Graphics] ofereceu o melhor valor, mas o Inep alegou na Justiça que a empresa não conseguiu comprovar capacidade técnica para a impressão com "sigilo e segurança". A Justiça aceitou a argumentação, e venceu a RR Donnelley.

A multinacional admitiu que errou na impressão de 21 mil provas. Esse é um dos problemas que levou a Justiça a suspender o exame. Além do Enem, a RR Donnelley venceu mais duas licitações do Inep deste ano. Deve ganhar a quarta, em processo a ser finalizado hoje.

OUTRO LADO

Em resposta ao pedido de mudança do edital para o Enem, a área técnica do MEC disse que as exigências não apresentavam "nada de extraordinário". E que os critérios de segurança foram "amplamente debatidos" após o vazamento do Enem em 2009.A gráfica RR Donnelley foi procurada ontem, mas não retornou.

Também ontem, em nota, o MEC disse que as exigências do edital foram discutidas em audiência pública. E que não houve contestações, "o que inclui a Gráfica Plural [parceria do Grupo Folha e da Quad Graphics]". A pasta diz que estuda sanções à RR Donnelley devido aos problemas de impressão.






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