Presidente do PT diz que "não há como inventar roda" sobre ministério de Dilma
O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que "não há como inventar roda" na hora de compor o ministério do governo Dilma.
Prestes a concluir o levantamento com o tamanho do apetite dos aliados, o petista afirmou que o ministério será fechado por Dilma e não "há indicação ou nomeação por nenhum partido".
Dutra, um dos coordenadores do governo de transição, já conversou com sete dos dez aliados de Dilma e deve entregar para a presidente eleita um relatório com as demandas dos aliados no fim da semana, quando ela retorna da viagem ao G20.
"O critério é político e a representatividade dos partidos. Não há como inventar a roda. Essa indicação passa pela presidente. Não há indicação ou nomeação de ministros por nenhum dos partidos", disse.
Questionado sobre possíveis cotados para o ministério de Dilma, o presidente do PT disse que não fará especulações de nomes.
Apesar da movimentação dos aliados, Dutra minimizou a pressão. "Não há acirramento. É claro que os partidos têm seus pedidos. É natural porque temos um governo de coalizão. O que vi é uma postura construtiva no sentido de ajudar a formar esse governo e ajudar a governar nesses quatro anos."
TRIAGEM
Dutra fará uma espécie de triagem nas reivindicações. Ele já conversou com PMDB, PSB e PSC na semana passada. Hoje, recebeu líderes do PC do B, do PTC, PDT e PP.
Nesta quarta-feira, foram marcados encontros com PR, PRB e PTN.
Segundo reportagem da Folha publicada anteontem, se Dilma decidisse contemplar todos os pedidos dos 12 partidos de sua base, teria de ampliar o tamanho da Esplanada de 37 para, no mínimo, 58 ministérios.
Sua maior dor de cabeça será a indicação de nomes para os disputadíssimos ministérios dos Transportes, Cidades e Integração Nacional, cobiçados por cinco siglas: PMDB, PT, PSB, PP e PSC.
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