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Brasil Eleições 2012
Sábado - 02 de Outubro de 2010 às 19:50

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Voltadas para combater a compra de votos em Roraima, as sete apreensões do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), Ministério Publico Federal e Polícia Federal nas eleições deste ano somaram R$ 1,8 milhão em dinheiro vivo nas mãos de políticos ou pessoas ligadas às campanhas eleitorais no Estado.

Entre as ações, realizadas entre 9 de setembro e 1º de outubro, está a apreensão de anteontem, quando a PF recuperou R$ 100 mil jogados da janela de um carro que saíra do escritório do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB).

"Sempre houve compra de votos em Roraima, só que não se tinha nenhuma condição de reprimi-la. Quando se conseguia apreender alguma coisa, não se conseguiu provar a ilicitude do dinheiro", disse à Folha o presidente do TRE de Roraima, desembargador Ricardo Oliveira, 41.

"[Trata-se de] Dinheiro transportado de madrugada, sem documentação [e em]atitude suspeita que tem que ser investigada", completou o desembargador.

Para ele, que assumiu a presidência do TRE no ano passado, a compra de votos "é o grande mau do processo eleitoral brasileiro".

"Agora que nós conseguimos uma estrutura, os resultados estão aparecendo. O eleitor não quer eleições com caixa dois, mensalão. Isso macula a democracia, altera do resultado da eleições", afirmou Oliveira.

Segundo ele, as apreensões foram possíveis neste ano graças ao aumento do efetivo da PF no Estado.

A única vez que o TRE --instalado em Roraima em 1991-- teve registro do gênero, diz o desembargador do TRE, foi na eleição suplementar do ano passado na cidade Bonfim, onde foram apreendidos R$ 24 mil.

Ele disse que todo dinheiro apreendido será comparado com a prestação de contas dos candidatos. "Dinheiro fora da conta de campanha e não declarado [caixa dois] enseja na cassação do mandado", disse Oliveira.

MANDADO NEGADO

Na sexta-feira (1º), a Justiça Eleitoral do Estado negou o pedido de busca e apreensão ao escritório de Jucá. A alegação para a solicitação era de suspeita de haver mais dinheiro para compra de votos.

O juiz Paulo Cezar Dias Menezes considerou frágeis as provas apresentadas no pedido, feito pela coligação do candidato ao governo Neudo Campos (PP).

Jucá nega envolvimento no caso de anteontem. "Nossas contas estão abertas, não temos o que esconder, estamos apoiando o trabalho da Polícia Federal, que deve continuar agindo assim para que a lisura do pleito seja grande", afirmou. 






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