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Brasil Eleições 2012
Sábado - 02 de Outubro de 2010 às 19:03

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A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, fez neste sábado um discurso usando microfone e caixas de som em Diamantina (295 km de Belo Horizonte). Ela falou a cerca de 200 apoiadores, durante dois minutos e 40 segundos, após visitar a casa do presidente Juscelino Kubitschek (1902-1976).

No discurso, Marina pediu "estado permanente de campanha" para que haja segundo turno. Ela falou usando as caixas de um carro-som. Também discursou o candidato do PV ao governo de Minas, José Fernando. A assessoria de Marina informou que não se tratou de discurso nem comício, mas apenas um "cumprimento às pessoas".

A lei eleitoral estipula que quinta-feira foi o última dia para "reuniões públicas ou promoção de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa". O sábado é definido apenas como último dia para "propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som".

Por isso a véspera das eleições costuma ser usada pelos candidatos apenas para caminhadas sem discursos.

A assessoria do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) afirmou que discursar no sábado "não é previsto", mas que a lei é omissa ao não fazer especificações.

JUSCELINO

Ao visitar a casa de JK, Marina se negou a sentar na cama do presidente, como fez o candidato José Serra (PSDB) na semana passada. "Não se pode fazer isso com patrimônio histórico", disse.

Ela também alfinetou o tucano: "não vim para repousar sobre os feitos de Juscelino. Eu vim para me inspirar para os novos tempos".

Marina disse ver semelhanças em sua história e na do presidente após ler um texto em que ele relata um período de pobreza na família. "Conheço essa história de mãe comendo pouco para dar comida aos filhos", afirmou.

Ela disse que escolheu Diamantina para encerrar a campanha pela importância de JK e da escrava Chica da Silva, naturais da cidade. Também afirmou que foi pedir ajuda aos povos "brasileiro e mineiro" para ir ao segundo turno.

"Juscelino fez as transformações do século 20, com a industrialização, mas ela precisa ser acompanhada da verdadeira revolução na educação", declarou a verde.

SEGUNDO TURNO

Marina ironizou a candidata do PT, Dilma Rousseff, pelo fato de a Presidência da República ter pedido reforço policial para comemorar a festa da vitória da petista em Brasília. Segundo a verde, a comemoração só valerá para o primeiro turno.

"No segundo turno quem vai decidir é o povo brasileiro. Por isso eu vim até de tênis, para não estar de salto alto", disse.

Questionada sobre se buscará o apoio de Serra se for ao segundo turno contra Dilma, a candidata do PV disse que "as pessoas que se interessam por programa no PSDB já podem começar a votar agora".

Marina também comentou que o PV se incline a apoiar Serra se ele for ao segundo turno contra Dilma. "Eu vou preferir ficar com a declaração da dona Terezinha, a pessoa que me acolheu em 1975 como empregada doméstica e disse: "Não subestimem a Marina, ela vai surpreender o Brasil"", afirmou a candidata.

Após visitar Diamantina, onde também fez carreata, Marina seguiu para Rio Branco (AC), onde votará no domingo. Depois, irá para São Paulo para acompanhar a apuração. 






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