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Repórter News - reporternews.com.br
Brasil Eleições 2012
Sábado - 02 de Outubro de 2010 às 15:56

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lamentou que o Brasil, apesar de dar "grandes lições ao mundo de liberdade de imprensa", tenha setores da mídia pautados pelo "autoritarismo".

"Este é um país que dá grandes lições ao mundo de democracia, de liberdade de imprensa. É uma pena que tem gente que confunde liberdade de imprensa com autoritarismo da imprensa", disse o presidente após carreata com sua candidata à sucessão, Dilma Rousseff, em São Bernardo do Campo (ABC paulista), na véspera das eleições.

Parte dessa mídia, segundo Lula, seria composta por "senhores" que preferem ignorar "as pessoas da senzala [...] dentro da casa grande".

"Alguns senhores não se deram conta que as pessoas da senzala estão dentro da casa grande, e que as pessoas precisam conviver democraticamente com a diversidade."

A profusão de ataques contra a cobertura jornalística havia desacelerado nos últimos dias, em parte para conter derrapada da presidenciável petista nas pesquisas da quinzena final de setembro.

A "sangria" de votos --já interrompida segundo última pesquisa Datafolha, que computa 52% dos votos válidos para Dilma-- foi atribuída principalmente aos escândalos na Casa Civil, mas também à intensidade dos ataques de Lula a alguns veículos midiáticos.

No mês passado, o presidente acusou a imprensa de se comportar como "partido de oposição" e engrossar torcida contra ele em coberturas que "beiram o ódio".

"MAIS DO QUE EM 2006"

Lula reconheceu ter se esforçado mais para emplacar Dilma no Planalto do que na própria reeleição, há quatro anos. Tudo pela continuidade.

"Viajei mais do que viajei na minha campanha em 2006 porque eu estava convencido que o grande legado que a gente deveria deixar para o Brasil era eleger gente para continuar governando."

O presidente e a primeira-dama, Marisa, acompanharam Dilma e Aloizio Mercadante, nome petista para o governo de São Paulo, em carreata pelo centro de São Bernardo, no ABC paulista.

O passeio, feito em cima de um carro aberto, durou cerca de 1h e cumpriu à risca o gabarito político: Lula e Dilma abanaram uma bandeira do Brasil, e a candidata abraçou várias crianças no trajeto.

Mais atrás, outro veículo trazia o senador Eduardo Suplicy (PT) e os dois aspirantes ao Senado apoiados por Lula em São Paulo, Netinho de Paula (PC do B) e a petista Marta Suplicy.

Lula também comentou o 1º de janeiro, quando passará a faixa presidencial para seu sucessor --a eleição deste domingo será a primeira, desde 1989, sem o ex-líder sindical na disputa.

FUTURO

"O 1º de janeiro será um problema", ponderou o presidente, para então arrematar em tom de brincadeira: "Problema de muita festa para a posse de Dilma e, espero, para a posse de Mercadante".

Enquanto apostava suas fichas no sucesso do PT, Lula tratou seu próprio futuro como "uma incógnita".

Se Dilma tem liderança folgada e pode vencer no primeiro turno, Mercadante passa sufoco maior na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes.

Segundo último Datafolha, ele reduziu diferença para Geraldo Alckmin (PSDB) de 28 para 22 pontos percentuais. Mas, com 27% das intenções de voto, ainda perderia para o tucano no primeiro turno.

"Nós vamos até o último minuto. A gente só termina quando não tiver mais luz", disse Mercadante no ABC paulista. 






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