O candidato à presidência da República pelo PSDB, José Serra, fez, nesse domingo (19), uma caminhada em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo. Questionado sobre o fato de sua adversária Dilma Rousseff (PT) ter afirmado que desconhecia o tráfego de influência na Casa Civil, Serra respondeu: "de duas, uma. Ou ela, como dirigente, não é capaz, - porque, um esquema que dura quatro, cinco, seis, sete anos e quem está em cima não sabe, não tem capacidade de dirigir. Ou então ela é cúmplice. Não há uma terceira hipótese".
O candidato, que durante a caminhada, visitou um conjunto habitacional (CDHU), disse que o problema habitacional é derivado da falta de planejamento do governo. "Faltou planejamento do governo federal para as moradias, porque as famílias que ganham menos de três salários mínimos são uma parcela ínfima dos atendidos pelas moradias populares", afirmou, ressaltando que fez o contrário. "Nós fizemos o contrário, 90% das famílias atendidas são as que tem renda menor do que três salários mínimos".
Recentemente, o presidente Luis Inácio Lula da Silva participou da inauguração de prédios destinados a moradia popular em Paraisópolis. Para o tucano, o investimento do governo federeal é "próximo a zero". Sobre a presença de Lula, Serra atacou: "isso eles fazem com tudo. É o trivial ligeiro".
Para o candidato o governo federal precisa participar do processo de urbanização."O governo tem que entrar nessa urbanização, porque se não entrar não será viável fazer isso em todo o Brasil", afirmou o tucano chamando atenção também, para as construções em áreas de risco. "Nas áreas de risco construímos moradias novas, decentes, porque é muito arriscado para as famílias ficarem morando próximo a córregos".
A solução, para Serra, é transformar as comunidades mais pobres em bairros. "Quando entrei na prefeitura, tinha quatro escolas (em Paraisópolis), duas eram de lata. Hoje são 14 escolas, incluindo uma escola técnica (ETEC)", concluiu Serra.
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