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Economia
Domingo - 19 de Setembro de 2010 às 09:54
Por: Fabiana Holtz

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A atividade do mercado imobiliário no Brasil está tão aquecida que os fabricantes de máquinas e equipamentos usados na construção civil já têm fila de até quatro meses para entrega, dependendo do produto. Ao mesmo tempo em que comemoram resultados recordes, essas companhias apresentam demanda em níveis muito acima do esperado.

De acordo com a Terex América Latina, fabricante de máquinas e equipamentos para construção e obras de infraestrutura em geral, a procura por manipuladores telescópicos (telehandler) - uma espécie de empilhadeira usada no programa "Minha Casa, Minha Vida" - tem sido tão expressiva que há fila de dois meses para entrega. Na linha de plataformas aéreas, para trabalhos que podem atingir até 43 metros de altura, chega a quatro meses. A empresa espera vender 400 manipuladores em 2010, o que representa 388% em relação ao ano anterior, quando foram vendidas 82 unidades.

O manipulador é um dos primeiros equipamentos que entram no canteiro de obra e o último a sair, lembra André Godoy Freire, presidente da companhia. Esse tipo de equipamento serve em obras de três ou quatro andares, posicionando e entregando materiais em diferentes alturas da construção. A JCB do Brasil, que também fabrica manipuladores telescópicos, teve aumento de 35% nas vendas desse tipo de máquina em 2010. Para Nei Hamilton, diretor de vendas da empresa, o "Minha Casa, Minha Vida" é o principal responsável.

Na construção civil, os principais clientes dessas fabricantes são locadoras de equipamentos que atendem as incorporadoras. Entre as empresas que fazem a locação de equipamentos, a Mills Rental se diz confortável em relação à demanda. A empresa, porém, planeja investir R$ 300 milhões nos próximos três anos em aquisições de equipamentos e abertura de filiais. Para Freire, da Terex, em um canteiro de obra é muito mais rentável alugar os equipamentos e não ter despesas com manutenção, que ficam por conta do fabricante. "Além disso, o transporte dessas máquinas de um empreendimento para outro também teria impacto nas margens de lucro das construtoras".





Fonte: AE

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