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Brasil Eleições 2012
Quinta - 16 de Setembro de 2010 às 22:07

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O ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, afirmou nesta quinta-feira que saída de Erenice Guerra da Casa Civil é só um detalhe que não será suficiente diante de reiterados escândalos.

"Como brasileiro estou triste de ver tantos acontecimentos negativos no Brasil. É a repetição deles. São escândalos reiterados", afirmou FHC, em evento de inauguração do Centro Ruth Cardoso, em São Paulo.

Morta em 2008, a ex-primeira-dama completaria 80 anos no dia 19 de setembro.

"A saída [de Erenice] é um detalhe, nada disso será suficiente. É preciso recuperar a dignidade do Brasil", completou o ex-presidente.

Para FHC, "a reiteração desses chamados escândalos mostra que não amadurecemos suficientemente no Brasil. Fico muito triste."

LOBBY

Segundo da Folha, uma empresa de Campinas confirma que um lobby opera dentro da Casa Civil e acusa filho de Erenice, Israel, de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Uma empresa de Campinas confirma que um lobby na Casa Civil e acusa Israel Guerra de cobrar dinheiro para obter liberação de empréstimo no BNDES.

No lugar da Erenice assume Carlos Eduardo Esteves Lima, secretário-executivo. Ele ficará interinamente no cargo de ministro. O presidente deve decidir o substituto até a próxima semana.

Nesta quinta-feira, Lula disse que quem trabalha no governo não pode errar, em referência a Erenice.

"Quando a gente está na máquina pública, não tem o direito de errar", disse. "E se errar, a gente tem de pagar". A declaração foi dada ao iG, momentos antes de receber de Erenice a carta de demissão.

Além da empresa de Campinas, Erenice também teria atuado, segundo reportagem publicada na revista "Veja", para viabilizar negócios nos Correios intermediados por uma empresa de consultoria de propriedade de Israel.

Em sua carta de demissão, Erenice afirma que precisa de "paz e tempo" para se defender das acusações de lobby. A carta foi lida pelo porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach.

Por enquanto, o cargo será ocupado interinamente pelo secretário-executivo da pasta, Carlos Eduardo Esteves Lima. 






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