Candidatos dispõem de até R$ 430 mil por vaga no Legislativo estadual

Os candidatos a deputado estadual – pelo menos boa parte deles - estão disponibilizando ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os relatórios da segunda parcial de doações e despesas de campanha. O prazo abriu na quarta-feira (1) e os postulantes a cargos eletivos nestas eleições devem enviar os dados.

Em levantamento feito nas prestações de contas dos que já mandaram os números ao TSE, constata-se que alguns estão dispostos a investir pesado para garantir uma das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa.

É o caso do ex-presidente da Câmara de Cuiabá por dois mandatos, Luis Marinho (PTB), que declarou ter recebido R$ 432.8 mil em doações, sendo R$ 190 mil de empresas, R$ 114 mil de pessoas físicas, R$ 100 mil de recursos próprios e R$ 27 mil do comitê financeiro. As despesas do petebista somam R$ 235 mil.

Adalto de Freitas, o “Daltinho” (PMDB), declarou doações de R$ 418.8 mil, a maior parte, R$ 248 mil, recebido de empresas Outros R$ 152 mil de recursos próprios do candidato e R$ 18 mil de pessoas físicas. As despesas foram de R$ 194.9 mil.

Jota Barreto (PR) informou doações de R$ 155 mil e dispêndios de R$ 49.1 mil. Tetê Bezerra, esposa do deputado federal Carlos Bezerra, ambos do PMDB, declarou ter arrecadado R$ 90 mil e gastos R$ 36.8 mil.

Percival Muniz (PPS), que concorre à reeleição, declarou doações de R$ 78 mil, sendo R$ 50 mil do próprio bolso, R$ 24 mil do comitê financeiro do partido e outros R$ 4 mil doados por pessoas físicas. O candidato informou que as despesas, até agora, somam R$ 47 mil.

O radialista Aroldo Souza (PMDB), que foi assessor de Silval Barbosa (PMDB) quando este foi deputado estadual, disse à Justiça Eleitoral ter recebido R$ 73.6 mil e gasto R$ 21.7 mil.

O ex-prefeito por dois mandatos de Reserva do Cabaçal e ex-presidente da Associação Matogrossense dos Municípios (AMM), Ezequiel Ângelo da Fonseca (PP), declarou ter recebido R$ 47.6 mil e despesas de R$ 84 mil.

Os candidatos a estadual estão atualizando os balancetes no TSE e os dados são públicos. Boa parte das prestações de conta aparece como “arquivo entregue à Justiça Eleitoral está corrompido. Aguardando entrega de prestação de contas retificadora.”