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Saúde
Sexta - 03 de Setembro de 2010 às 09:58

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Médica Quarraisha Abdool Karim, uma das autoras do estudo, explica como aplicar gel vaginal
Médica Quarraisha Abdool Karim, uma das autoras do estudo, explica como aplicar gel vaginal

Dois novos estudos em humanos vão ser feitos para confirmar os resultados de um promissor gel microbicida que reduz o risco de infecção pelo vírus HIV em mulheres. O produto, já testado em africanas, que reduziu em média em 39% o risco da doença. Os experimentos têm patrocínio do Unaids (Programa das Nações Unidas sobre HIV/Aids).

O primeiro estudo sobre o assunto, divulgado em julho, foi feito em mulheres sexualmente ativas de 18 a 40 anos de idade, que usaram o gel vaginal nas 12 horas antes de uma relação sexual e nas 12 horas após o sexo. O microbicida é composto por tenofovir, um componente muito utilizado no tratamento de pessoas com HIV.

Agora, os cientistas querem determinar se diferentes populações de mulheres têm o mesmo nível de proteção contra a doença.

Uma das pesquisas, que será realizada na África do Sul, vai verificar se garotas mais novas podem usar o produto – vão participar do estudo adolescentes de 16 e 17 anos, faixa etária em que a incidência da doença é alta no pais. Outro experimento vai acontecer em outros países africanos com o objetivo de verificar se diferentes doses do gel, incluindo o uso do produto apenas uma vez, antes do sexo, influenciam nos resultados.

De acordo com o Unaids, um problema grave é o financiamento para as pesquisas. Os custos estimados são de R$ 170 milhões, mas apenas R$ 88 milhões estão disponíveis.

Se for confirmado que o produto pode prevenir o contágio sexual do HIV, as mulheres poderiam "ter mais oportunidades de se proteger a si mesmas sem a cooperação de seu companheiro", diz Catherine Hankins, conselheira da Unaids.

As mulheres representam 60% das pessoas contaminadas pelo HIV na África, onde há 70% dos casos de contaminação registrados no mundo.

Hankins pediu aos cientistas e pesquisadores para trabalharem conjuntamente para concluir o projeto, e provar que um microbicida pode ajudar as mulheres a prevenir contágios de HIV.






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