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Brasil Eleições 2012
Terça - 20 de Julho de 2010 às 02:07
Por: Iara Lemos

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‘Não descerei a esse nível’, afirma Dilma sobre declaração de Serra
‘Não descerei a esse nível’, afirma Dilma sobre declaração de Serra
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse na noite desta segunda-feira (19), durante seminário do PSB, em Brasília, que “jamais esperou” que o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, recorresse a acusações de ligações entre o PT e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O tema foi levantado pelo vice de Serra, Indio da Costa (DEM), e teve o apoio do tucano.

“Eu jamais esperei que diante da adversidade meu adversário recorresse a esse tipo de acusação. Eu quero dizer a vocês que eu acho impensável que a eleição em 2010 no Brasil desça a esse nível. E quero adiantar que da minha parte eu não descerei a esse nível. Não há quem me faça descer a esse nível”, afirmou Dilma.

Durante a tarde, em evento em Belo Horizonte, Serra saiu em defesa de Indio da Costa. Em Brasília, a direção nacional do PT afirmou ter ingressado com três representações contra as declarações feitas por Indio: uma criminal, uma eleitoral e outra civil.

"A ligação do PT é com as Forças Armadas Revolucionárias Colombianas. Isso todo mundo sabe, tem muitas reportagens, tem muita coisa. Apenas isso. Agora, a Farc [sic] é uma força ligada ao narcotráfico. Isso não significa que o PT faça o narcotráfico", disse Serra durante a tarde.

Dilma discursou durante 40 minutos no evento do PSB. O plano de governo foi entregue a Dilma pelo presidente nacional do PSB, Eduardo Campos. Uma das principais propostas do partido foi pedir o fortalecimento do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST).

“Tenho certeza que a senhora não vai criminalizar os movimentos sociais. A democracia brasileira não aceita retrocesso. Temos confiança que o seu compromisso é de fazer um governo que dialogue”, disse Campos.

Dilma, sem entrar diretamente no tema MST, afirmou que os movimentos sociais não podem ser considerados caso de polícia.

“Não se pode confundir movimento social com governo. Não se pode confundir movimento social com partido. Governo é uma coisa, é uma instituição que tem necessariamente que ser para todos. Portanto, quando você considerar um movimento social, tem de ver que ele representa uma parte. Não pode significar que ele seja reprimido, que ele seja vamos dizer assim, recebido a bordoada ou objeto de uma criminalização indevida”, afirmou.

Dilma, contudo, defendeu que haja punição caso os movimentos sociais atuem de forma ilegal.
“Quando o movimento social comete ilegalidade, como acontece com qualquer um que cometer ilegalidade num país onde o Estado de direito se impõem, é imprescindível que se tome providencias contra a ilegalidade. Há uma diferença de postura entre diálogo e cumplicidade com a ilegalidade, que não é admissível.”

Durante seu discurso, Dilma ainda aproveitou para criticar seu adversário José Serra (PSDB), ao dizer que ele não foi o responsável pela criação dos genéricos. “Jamil Haddad [ex-presidente de honra do PSB que morreu em 2009] foi o responsável pela criação do SUS e dos medicamentos genéricos. É importante atribuir a autoria a quem é de direito.”

Sobre a divisão criada em alguns estados, onde os partidos aliados têm diferentes candidatos ao governo dos estados, Dilma afirmou que não fará diferenças. “Eu irei a todos os palanques dos candidatos que me apoiarem, sem exceção. Nós iremos em todos os palanques. Se tiver dois palanques e for da base, nós iremos”, afirmou.






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