Apesar do aumento nos gastos da União, o setor público fechou o mês de maio com um resultado positivo de R$ 1,43 bilhão. O número, que é a diferença entre receitas e despesas, foi garantido pela economia feita por Estados, municípios e empresas estatais.

O governo federal (que inclui também o resultado de Banco Central e INSS) registrou um deficit de R$ 1,43 bilhão no mês passado. Os governos regionais, por outro lado, tiveram superavit de R$ 1,47 bilhão, enquanto as estatais garantiram mais R$ 1,39 bilhão em recursos para pagar os juros da dívida pública.

No ano, a economia do setor público soma R$ 38 bilhões, 19% acima do registrado no mesmo período de 2009, ano em que a arrecadação foi prejudicada pela crise. Na comparação com 2008, caiu 47%.

O resultado em 12 meses está positivo em R$ 70,7 bilhões, o equivalente a 2,13% do PIB. A meta do governo é chegar a 3,3% do PIB até o final do ano.

No acumulado do ano, os juros superaram o superavit em R$ 37,6 bilhões (2,69% do PIB). Em 12 meses, o resultado está negativo em R$ 108 bilhões (3,28% do PIB).

Dívida

A dívida líquida do setor público passou de 41,8% para 41,4% do PIB no mês passado e chegou a R$ 1,37 trilhão. O aumento foi provocado pelos juros não pagos.

A desvalorização cambial de 5% registrada no período --fator que ajuda a reduzir a dívida-- foi compensada pelo crescimento do PIB.

No ano, a relação dívida/PIB, principal indicador para medir o endividamento do país, caiu 1,4 ponto percentual.