O ex-ministro do Desenvolvimento Social Patrus Ananias anunciou nesta quinta-feira a decisão de ser vice na chapa do senador Hélio Costa (PMDB) ao governo de Minas Gerais.

"Após reflexões e consultas, anuncio aqui em Bocaiúva [MG] a decisão de compor a chapa encabeçada pelo senador Hélio Costa", disse ele em sua página no Twitter.

O acordo foi fechado por Patrus numa conversa na noite de anteontem com o presidente do PT, José Eduardo Dutra, com a candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, e o próprio Costa.

Resistente à composição com o PMDB, Patrus, segundo aliados, fez exigências. Obteve o compromisso de que todas as negociações da campanha terão que passar por sua análise.

O receio do ex-ministro, que gerenciou o Bolsa Família --principal bandeira do primeiro mandato do governo Lula--, é que outras lideranças do PT de Minas, como o ex-prefeito Fernando Pimentel, tivessem mais influência na campanha.

Patrus também teria deixado o encontro com a promessa de Costa incluir determinados pontos no programa de governo.

Até a noite de ontem, Patrus estava indeciso se a confirmação seria em Belo Horizonte ou em Bocaiúva, sua cidade natal, a 385 km da capital mineira --onde foi consultar a sua mãe, Maria Tereza Patrus Ananias, 84, sobre a aliança.

Ao aceitar o convite, Patrus segue orientação do presidente Lula, que defendia a união com o PMDB e, nos bastidores, o sacrifício da candidatura do PT no Estado, aprovada em prévias. Na disputa interna, Patrus perdeu para Pimentel, que será candidato ao Senado.

A desistência do PT-MG visa um palanque único a Dilma no segundo maior colégio eleitoral do país, que conta com 14 milhões de votos.