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Economia
Quinta - 24 de Junho de 2010 às 01:48
Por: Beatriz Thielmann

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Todo fim de mês, o comerciante Paulo César Costa compromete 21% do orçamento familiar com transporte. Ele usa o carro todo dia e ainda paga pedágio. Agora quer mudar para mais perto do trabalho.

"Quando eu quiser almoçar vou em casa, não preciso me descapitalizar gastando com transporte, almoço, isso vai ser muito favorável para mim".

Assim como na casa de Paulo, os gastos com transporte pesam mais para as famílias com renda maior e menos para aquelas com rendimentos até dois salários mínimos.

Já as famílias que têm renda maior comprometem 8,5% do orçamento com alimentação. Nas que ganham menos, o peso dos alimentos é de 27%. A boa notícia é que vem caindo.

Na casa da diarista, Cláudia Fonseca, não são os gastos com o mercado, com a feira, o que mais preocupa a família. É a conta da farmácia que anda comprometendo, e bastante, o orçamento.

Mãe e filha têm pressão alta. Os remédios não podem faltar. "Eu gasto por mês R$ 260,00 só de remédio. É muito difícil tirar isso do orçamento, eu ganho apenas R$ 510,00".

Para as famílias que ganham até dois salários, o peso dos gastos com a saúde aumentou de 4% para 5,5%. Quase o mesmo peso para aqueles que ganham mais.

O Ibge mediu também a distância entre os gastos gerais dos brasileiros. O grupo dos 10% mais ricos gasta 9,6 vezes mais que os 40% mais pobres. Em seis anos, essa desigualdade foi reduzida, mas ainda é muito alta, segundo o Ibge.

"Embora a distribuição de renda esteja melhorando, embora a desigualdade esteja diminuindo ela não é compatível com o grau de desenvolvimento do país. É preciso fazer muito mais do que tem sido feito", afirma o Presidente do Ibge, Eduardo Nunes.





Fonte: Do G1

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