"Essa é uma especulação que não tem o menor sentido", disse a candidata durante visita a Lisboa, última escala de seu giro de seis dias pela Europa.

Segundo reportagem publicada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" na última sexta-feira, o Lula teria indicado durante um evento em Brasília que o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, e o presidente do Sebrae, Paulo Okamoto, podem fazer parte de um eventual governo Dilma.

Questionada sobre as declarações, a ex-ministra-chefe da Casa Civil afirmou que o Lula "é respeitoso" e que não "faz isso".

"O presidente Lula, para quem o conhece bem, não faz isso. O presidente é respeitoso e será respeitoso", disse.

A candidata, no entanto, afirmou que, caso seja eleita, poderá consultar o presidente a respeito de nomes para sua administração.

"Eu aviso que terei o máximo prazer em consultá-lo, porque eu acho muito importante a experiência do presidente", afirmou.

Reunião

Neste sábado, Dilma teve uma reunião de mais de três horas com primeiro-ministro português, José Sócrates.

Após o encontro, Dilma afirmou a repórteres que, caso eleita, irá continuar com programas sociais do governo Lula e prometeu transformar o Brasil em um país desenvolvido.

Também neste sábado, a candidata compareceu ao velório do escritor português José Saramago, morto na última sexta-feira aos 87 anos de idade.

Dilma classificou o vencedor do prêmio Nobel como um dos "grandes escritores" da língua portuguesa.

"O que ele fez com a língua foi dar a ela uma dimensão global. Temos outros grandes escritores, como Eça de Queirós e Machado de Assis. Ele está entre esses grandes escritores", disse.

A petista deve deixar Lisboa na manhã de domingo e seguir para o Brasil.