Municípios aproveitam mobilização para imunizar as crianças de 2 a menos de 5 anos que ainda não se vacinaram contra a gripe H1N1. Ministro abre campanha no Rio
Hoje é Dia Nacional de Vacinação contra a Poliomielite

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, reforçou o recado para os pais levarem as crianças de até 5 anos para tomarem vacina contra a paralisia infantil neste sábado, dia 12. Ele acompanhou a abertura da primeira etapa da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite, no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro. O local é o maior posto de vacinação do país e, hoje, está sendo palco de uma série de atividades culturais, artísticas e esportivas para a população.

Nesta primeira fase, a meta é imunizar 14,6 milhões de crianças, o que representa 95% dos menores de cinco anos. A segunda dose da vacina será aplicada em 14 de agosto. Ao longo de todo o dia, a criançada vai se divertir com o Zé Gotinha, principal personagem da campanha, que entrou em campo com o uniforme verde-amarelo da seleção. O clima da vacinação é de Copa do Mundo, com o slogan “Vacinou, é gol”.

“Estamos com uma grande mobilização em todo o Brasil. São 30 anos consecutivos em torno dessa megacampanha. Desde 1989, o Brasil não registra um caso de Poliomielite. A única maneira de mantermos o Brasil longe dessa doença é tomar as duas gotinhas todos os anos. Temos muitos postos volantes em estradas, pedágio, supermercados, shoppings em todo o Brasil.”, afirmou o ministro Temporão, após vacinar crianças na casa de Oswaldo Cruz, um dos postos de vacinação. 
 
Para esta etapa, o Ministério da Saúde distribuiu cerca de 24 milhões de doses da vacina contra a paralisia infantil – outras 24 milhões de doses serão distribuídas na segunda etapa. Em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, a imunização está mobilizando 115 mil postos, com aproximadamente 350 mil pessoas e 42 mil veículos (terrestres, marítimos e fluviais).
 
Os investimentos na campanha somaram R$ 40,9 milhões, sendo R$ 20,8 milhões para compra de vacinas (por parte do Ministério) e R$ 20,1 milhões em repasses para Estados e Municípios (para apoio logístico da campanha). 
 
GRIPE H1N1 – Muitos municípios aproveitam a primeira etapa da campanha nacional contra a paralisia infantil para imunizar as crianças que ainda não se vacinaram contra a gripe H1N1. Nesses locais, as vacinas estão disponíveis somente em postos fixos (postos de saúde, por exemplo) e não nas unidades volantes. A orientação para os pais ou responsáveis é que procurem informações na Secretaria de Saúde do seu município para saber sobre locais de vacinação, horário de funcionamento e disponibilidade da vacina contra a gripe H1N1 para as crianças. Para garantir uma imunização completa contra o vírus da Influenza A, as crianças devem tomar a segunda dose 21 dias depois da primeira.
 
Após consultar o site do vacinômetro, o ministro José Gomes Temporão atualizou os números da vacinação no Brasil. “Já foram vacinadas 78 milhões e 320 mil pessoas, 41% da população brasileira. Essa é, de longe, a maior campanha de vacinação já realizada no mundo. A estratégia é continuar orientando os municípios a buscarem a cobertura de 80% de todos os grupos alvos dessa campanha”, explicou. O ministro chamou a atenção para as duas faixas etárias que ainda não alcançaram a meta de 80%: os adultos saudáveis de 30 a 39 anos (67%) e as crianças de 2 anos a 5 anos incompletos (30%).
 
Já é praxe que nos dias de campanha contra a pólio as equipes de saúde aproveitem para atualizar o cartão de vacinas da criança com doses contra doenças como coqueluche, sarampo, difteria, rubéola, tétano e rotavírus. A atualização de outras vacinas também ocorre apenas em postos fixos. Em geral, tomar duas ou mais vacinas no mesmo dia não oferece risco à saúde das crianças. Na dúvida, pais ou responsáveis devem consultar um médico.

BRASIL SEM PARALISIA INFANTIL – O Brasil está livre do vírus causador da pólio desde 1989, quando o último caso da doença foi registrado, na Paraíba. Em 1994, o país recebeu da Organização Mundial de Saúde (OMS) o certificado de eliminação da poliomielite. No entanto, enquanto houver circulação do vírus em qualquer região do mundo é necessário continuar com a vacinação, pois há o risco de importação de casos provenientes de países que ainda registram casos da doença, como Paquistão, Índia, Afeganistão e Nigéria.

SOBRE A VACINA DA PÓLIO – Oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra a paralisia infantil é administrada via oral e está disponível durante todo o ano nos postos de saúde para as vacinações de rotina. No entanto, é importante que todas as crianças menores de cinco anos (de 0 a 4 anos 11 meses e 29 dias) tomem as duas doses da vacina durante a Campanha Nacional, mesmo que já tenham sido vacinadas anteriormente.

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa grave. Na maioria das vezes, a criança não morre quando é infectada, mas sofre sérias lesões que afetam o sistema nervoso, provocando paralisia, principalmente nos membros inferiores. A doença é causada e transmitida por um vírus (o poliovírus) e a contaminação se dá principalmente por via oral.