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Repórter News - reporternews.com.br
Saúde
Quarta - 09 de Junho de 2010 às 20:14

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A vacinação contra a gripe H1N1 chega à reta final em todo o Brasil. De 22 de março até as 16h desta quarta-feira (9), mais de 76 milhões de pessoas haviam se imunizado. No Mato Grosso, foram atingidas as metas de cobertura entre trabalhadores de saúde, indígenas, doentes crônicos com mais de 60 anos e crianças menores de 2 anos, com pelo menos 80% do público-alvo vacinado.

Mas o Ministério da Saúde recomenda que os municípios mato-grossenses adotem estratégias, de acordo com a realidade local, para vacinar os grupos que ainda estão com baixa cobertura. É o caso, por exemplo, dos adultos de 30 a 39 anos e das crianças de 2 anos a menores de 5 anos. Nesses dois grupos, nenhuma unidade da federação atingiu a meta, até o momento.

No Mato Grosso, até o momento, a cobertura está abaixo de 80% entre gestantes (65,3%), doentes crônicos com menos de 60 anos (56,4%), adultos de 20 a 29 anos (75,6%) e adultos de 30 a 39 anos (61,4%).

No caso das crianças de 2 anos a menores de 5 anos, muitos municípios aproveitarão a primeira etapa da campanha nacional contra a paralisia infantil para imunizar as crianças que ainda não se vacinaram contra a gripe H1N1. Nos municípios que irão vacinar as crianças contra a gripe, junto com a imunização contra a pólio, as vacinas contra o vírus H1N1 só estarão disponíveis postos fixos de vacinação (postos de saúde, por exemplo) e não nas unidades volantes.

A orientação para os pais ou responsáveis é que procurem informações junto à Secretaria de Saúde do seu município para saber sobre locais de vacinação, horário de funcionamento e disponibilidade da vacina contra a gripe H1N1 para as crianças.

Já é praxe que nos dias de campanha contra a pólio as equipes de saúde aproveitem para atualizar o cartão de vacinas da criança, contra doenças como coqueluche, sarampo, difteria, rubéola, tétano e rotavírus. A atualização de outras vacinas também ocorre apenas em postos fixos. Em geral, tomar duas ou mais vacinas no mesmo dia não oferece risco à saúde das crianças. Na dúvida, pais ou responsáveis devem consultar um médico.

É importante lembrar que, após tomar a vacina, o organismo leva até 14 dias para estar totalmente protegido. As pessoas devem procurar a Secretaria de Saúde do seu município para buscar orientações sobre dias e horários de funcionamento dos postos.

Outro ponto importante é sobre a vacinação diferenciada das crianças, que precisam tomar duas meias doses da vacina, para garantir uma imunização completa contra o vírus da gripe H1N1. A segunda dose deve ser tomada 21 dias depois da primeira. Neste caso, se a criança tomar a primeira dose no dia da campanha da paralisia infantil, os pais e responsáveis devem ficar atentos para levá-las aos postos novamente, para a segunda dose.

MAIOR DO MUNDO – A vacinação contra a gripe H1N1 é a maior já realizada no país, superando os 67 milhões de imunizados contra a rubéola, em 2008. Os 76.361.881 de imunizados contra a gripe H1N1 até as 16h desta quarta-feira (9) representam 40% da população brasileira. Proporcionalmente, é a maior campanha realizada no mundo. Estados Unidos, por exemplo, vacinaram 24% de sua população. México, 20%; Suíça, 17%; França, 8%; e Alemanha, 6%.

“Os números mostram o sucesso de nossa estratégia, uma vitória de todo o Sistema Único de Saúde e da sociedade brasileira”, resume o ministro José Gomes Temporão. “Isso demonstra o grande trabalho desenvolvido pelos profissionais de saúde vacinadores e a confiança da população no Programa Nacional de Imunizações”.

GESTANTES – No caso das mulheres grávidas, os 2,1 milhões de vacinadas representam uma cobertura de 70%. O índice está dentro do esperado, pois o cálculo do público-alvo foi feito com base na estimativa de nascimentos para todo o ano. “Mas precisamos considerar as gestantes que deram à luz nos primeiros meses do ano, antes da vacinação, e as que vão engravidar após a campanha”, explica o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.

Em 2010, foram registradas 540 internações e 64 mortes em decorrência da gripe H1N1, até 8 de maio. Desse total, 18% dos casos graves e 30% dos óbitos foram em gestantes. Por isso, o Ministério da Saúde reforça a importância de que todas as grávidas, em qualquer período da gestação, procurem um posto para tomar a dose da vacina.

No ano passado, foram registrados 2.051 óbitos em todo o país. Desse total, 1.539 (75%) ocorreram em pessoas com doenças crônicas e 189 entre gestantes. Adultos de 20 a 29 anos concentraram 20% dos óbitos (416, no total) e os de 30 a 39 concentraram 22% das mortes (454, no total).






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