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Ciência/Pesquisa
Domingo - 23 de Maio de 2010 às 01:31

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O fóssil de um crocodilo que viveu há aproximadamente 80 milhões de anos foi descoberto em uma região de pasto em Campina Verde, no Triângulo Mineiro. O local está sendo considerado como o mais novo sítio paleontológico de Minas Gerais e um dos mais recentes do Brasil. Na próxima semana, pesquisadores começam o trabalho de escavações no local. As informações são do site do jornal Hoje em Dia.

A riqueza foi descoberta por acaso. Um fazendeiro havia identificado alguns fósseis no meio do pasto, coberto de capim. Depois de visitar o Museu dos Dinossauros, em Uberaba, no Triângulo Mineiro, e de ver as características dos materiais em exposição, é que ele os associou com os objetos encontrados nas suas terras.

Especialistas dizem que os primeiros fósseis encontrados na superfície da terra da região estão em bom estado de conservação. Eles acreditam que o crocodilo ainda não foi catalogado pelos paleontólogos. O animal pertenceria ao período cretáceo, no final da era Mesozoica, que era caracterizada pela abundância dos répteis.

O diretor do Museu dos Dinossauros, Luiz Carlos Ribeiro, que também faz parte de um grupo de estudiosos coordenado pela UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), conta que foi procurado pelo pecuarista para visitar o local com a equipe.

- Em três horas de atividades, com poucas escavações, encontramos fragmentos de crânios desse tipo de crocodilo, em perfeito estado.

Os "crocodilomorfos", como prefere chamar o coordenador, provavelmente viveram em uma época quando a região era coberta por pouca vegetação e possuía alguns lagos e grotas, onde esses animais se abrigavam. A fazenda está localizada em uma grande depressão que recebeu sedimentos carregados por enxurradas durante milhões de anos.

Na visão dos especialistas, o novo sítio tem um grande potencial, especialmente no que se refere à quantidade dos fósseis. Por isso, a equipe enviou um projeto à Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais) para obtenção de recursos que viabilizem as escavações em Campina Verde por mais alguns meses.

Na próxima semana, os trabalhos devem ser realizados em uma área de meio quilômetro quadrado. Na quarta-feira (19), 600 kg de material paleontológico proveniente da Chapada do Araripe, no Ceará, chegaram ao Complexo Científico e Cultural de Peirópolis. Os fósseis são provenientes do Programa de Monitoramento e Salvamento Paleontológico, realizado numa obra de linha de transmissão de rede elétrica entre as cidades de Milagres e São João do Piauí.

A maior parte dos fósseis é de peixes de cinco espécies já conhecidas e descritas na bibliografia, além de troncos vegetais, moluscos e um fragmento de pterossauro que datam de 120 milhões a 130 milhões de anos, segundo  Luiz Carlos Ribeiro, do Museu dos Dinossauros.

- O programa identifica as potencialidades da região e a equipe técnica acompanha as escavações.

Depois de classificadas, elas vão integrar a exposição Fósseis do Brasil, em Uberaba, com objetivo de divulgar a paleontologia das diferentes bacias sedimentares do Brasil.





Fonte: Do R7

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