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Saúde
Sexta - 21 de Maio de 2010 às 13:51

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Concluída a maior pesquisa já feita sobre o aborto no Brasil. O estudo foi coordenado por professores da Universidade de Brasília e de um instituto ligado aos direitos humanos.

E os dados são surpreendentes. Em cada 100 mulheres entre 18 e 39 anos, 15 já interromperam a gravidez.

Um assunto delicado...

Conhece alguém que já fez um aborto?
“Não, não. De jeito nenhum”, diz uma mulher.

“É comum, existe, sim. Debaixo de sete chaves, mas isso existe”, diz Aparecida Dias, aposentada.

Mas, quando alguém topa falar.... Acaba lembrando de um caso.

“Essa pessoa que fez isso. Ela tinha marido já tinha um filho e mesmo assim ela fez”, afirma Rejane Gomes Silva, doméstica.

A primeira pesquisa nacional sobre o tema no Brasil traça um novo perfil da mulher que faz aborto. Ao contrário do que se imaginava: a maioria dessas mulheres não é de jovens solteiras e sim de mulheres que vivem com o companheiro e quase 60% delas tem filhos.

“A mulher que aborta, ela é uma de nós. Ela é a sua vizinha, ela é a sua irmã, ela é a sua filha ou sua mãe. Ela é uma mulher católica, ela é uma mulher evangélica e ela já tem um filho e ela é casada”.

Foram ouvidas cerca de 2000 mulheres das capitais utilizando técnicas de amostragem. Todas elas alfabetizadas e com idades entre 18 e 39 anos. O resultado: de cada grupo de 100 brasileiras, 15 já fizeram pelo menos um aborto. E o mais surpreendente: já no fim da idade reprodutiva, entre 35 e 39 anos, de cada cinco mulheres, uma já fez um aborto.

E o método que usaram?
“Tomaram remédio em casa...”, diz Doralice Almeida, auxiliar de dentista.

“Ela comprou na farmácia, não teve restrição, nada”, revela Patricia Velloso, servidora pública.

A pesquisa também mostra que quase metade das mulheres (48%) disse que usou remédios para induzir o aborto e 55% tiveram que ser internadas depois.

A pesquisa não abordou os motivos que levam tanta gente rrecorrer ao aborto no caso de uma gravidez indesejada. A pesquisa não abordou essa questão. Quem nos conta o porque dessa opção é esta mulher - que não quis se identificar - mas que já fez três abortos, já foi casada e tem uma filha.

“Não estava no momento de ter um filho. Eu acho que a maternidade ela tem que ser desejada acima de tudo”.

O Ministério da Saúde diz que vai manter a política de saúde pública para a mulher.






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