Ex-candidato presidencial é sequestrado no México
O ex-candidato presidencial do Partido Ação Nacional (PAN) Diego Fernández de Cevallos foi supostamente sequestrado perto da sua fazenda no município de Pedro Escobedo, no centro do México, informou neste sábado a Procuradoria Geral da República (PGR).
A Promotoria precisou em um comunicado que "tomou conhecimento hoje do desaparecimento de Cevallos". O veículo que ele dirigia foi localizado no rancho La Cabaña com sinais de violência.
No veículo "estavam alguns de seus pertences, assim como vestígios de violência", informou a procuradoria em comunicado.
Cevallos foi candidato do PAN à Presidência nas eleições de 1994, quando perdeu para Ernesto Zedillo, além de ser um dos personagens mais influentes de seu partido e da política mexicana das últimas duas décadas.
A presidência do México informou, por sua vez, que o presidente Felipe Calderón, "antes de partir para a cúpula entre União Europeia e México --que será realizada na Espanha--, deu instruções aos membros do gabinete de segurança" para que localizem Ceballos.
O comunicado presidencial qualificou Fernández de Cevallos como um político que desempenhou um papel "chave na transição democrática mexicana".
Carreira
O ex-candidato sequestrado, que foi deputado e senador pelo PAN, nasceu no dia 16 de março de 1941 na capital mexicana e estudou Direito na Universidade Ibero-Americana e na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Fernández foi candidato a deputado federal no período de 1991 a 1994 e senador entre 2000 e 2006.
Conhecido como "o chefe Diego", ele alternou sua carreira política com o exercício de sua profissão de advogado. Em seu escritório de advogados passaram importantes juristas que ocuparam posições políticas destacadas dentro do governo, entre eles o atual secretário de governo, Fernando Gómez Mont.
Durante suas atividades políticas Cevallos se tornou um personagem polêmico, temido pela veemência e contundência de seus discursos.
Segundo analistas, esteve a ponto de ganhar a Presidência em 1994, após um debate com os então candidatos Ernesto Zedillo e Cuauhtémoc Cárdenas, embora após essa polêmica tenha guardado um incompreensível silêncio.
Com Efe e France Presse
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