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Meio Ambiente
Segunda - 03 de Maio de 2010 às 09:11
Por: Tania Rauber

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Já são 430 ocorrências em todo Estado, número 700 vezes maior do que registrado em 2008
Já são 430 ocorrências em todo Estado, número 700 vezes maior do que registrado em 2008

Mato Grosso registra aumento de 62% no número de focos de queimadas entre os meses de janeiro e abril deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. De acordo com relatório de monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até 29 de abril, foram 430 ocorrências no Estado, tendo apenas um satélite como referência. O número é 700 vezes maior que 2008, quando foram apenas 51 focos.

Somente no mês de abril, foram 293 queimadas. Se comparado aos anos anteriores, é um número considerado alto. Em 2009, foram 12 registros no mês, e, em 2008, 14.

Apesar da alta, para a Defesa Civil o número não é preocupante. Segundo o superintendente major Agnaldo Pereira, a queima nesta época do ano é normal, já que muitos produtores aproveitam para destruir a palha de milho e de cana. "Só esperamos que todas estas queimadas estejam autorizadas".

Outra justificativa é que nem todos os focos são de incêndios. "O satélite capta qualquer foco de calor acima de 40 graus. Então, pode haver casos que não são queimadas".

A preocupação, conforme ele, é com o período proibitivo, que começa em julho e vai até setembro. "Nesse período nós temos a estiagem, baixa umidade do ar e ventos fortes, que favorecem a ocorrência de queimadas. E este ano ainda temos outro fator agravante. Indicadores do Sipam tem alertado para temperatura acima da média no segundo semestre".

Ele argumenta que temperatura média normal é de 33 a 34 graus, mas pode ficar bem acima disso, contribuindo para o período crítico no Estado. "Este mês já começaremos os trabalhos em todos os municípios para definir as ações para o período de proibição".

Uma das ações é a capacitação de brigadas. No ano passado, pelo menos 12 municípios onde não há Corpo de Bombeiros criaram brigadas para o combate a incêndios. "Dependemos também de cada município, para que tomem a iniciativa de criar as brigadas. Nós trabalhamos com a formação".

Alguns municípios estão na lista de alerta, como Colniza, Ipiranga do Norte, Nova Ubiratã e Nova Bandeirantes. "Em Colniza, que foi o município com maior número de focos de queimada em 2009, conseguimos redução de 30% nas ocorrências. Mas os números ainda são altos".

Outra medida tomada no ano passado, e que trouxe resultados positivos, é a implantação de bases de bombeiros em algumas regiões mais críticas. Em 2009, foram 4 - Sinop, Juína, Vila Rica e Colniza. "Vamos estudar se poderemos ampliar este número este ano e conseguir resultados mais positivos".

No ano passado, o número de focos de calor reduziu 61,15% entre julho e novembro no Estado. Foram 17.559 focos, contra 42.205 em 2009, de acordo com dados do Inpe.





Fonte: A Gazeta

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