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Economia
Sexta - 16 de Abril de 2010 às 04:09
Por: Marcondes Maciel

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O primeiro trimestre de 2010 terminou com um saldo de negativo de 12,59% no índice de inadimplência do consumidor em relação a igual período de 2009. De acordo com o banco de dados do Sistema Crediconsult, da Federação das Associações Comerciais do Estado de Mato Grosso (Facmat), as inclusões aumentaram 38,44% no período, contra 51,03% no volume de exclusões. Ou seja: o montante das inclusões – dívidas vencidas e não pagas – passou de R$ 20,28 milhões para R$ 28,08 milhões, com o número de registros avançando de 107,280 mil para 112,287 mil. No mesmo período, o volume das exclusões saltou de R$ 16,15 milhões para R$ 24,39 milhões, e o montante dos registros passou de 51,729 mil para 67,229 exclusões. A diferença dos percentuais entre inclusões e exclusões gera um saldo de 12,59% no volume de inadimplência do consumidor no período de janeiro a março deste ano.

Segundo o diretor do Crediconsult, Jonas Alves de Souza, o aumento no número de exclusões significa que um maior número de consumidores está procurando as lojas para quitar as dívidas. Tivemos uma maior procura por pagamento de dívidas (exclusões) em relação ao número de clientes inadimplentes.

A queda da inadimplência, na avaliação dele, se deveu principalmente à estabilidade econômica e à recuperação do poder aquisitivo da população, que também está mais consciente e procurando evitar as dívidas que ela não pode honrar. “Notamos que o consumidor está mais consciente. Hoje ele faz as contas antes de sair às compras, assim como o comércio que também tem sido seletivo na hora de aprovar o crédito”, afirma Jonas Souza.

Ele diz que um bom planejamento dos gastos é necessário para o consumidor não chegar a uma situação de descontrole do seu orçamento. “As pessoas devem tomar cuidado e evitar fazer gastos que não podem honrar. Os lojistas, por sua vez, devem ser criteriosos na análise dos cadastros para evitar problema futuros”.

Comprar a prazo, segundo os economistas, pode não ser uma boa decisão por parte dos consumidores. Eles alertam que as taxas dos bancos nem sempre são vantajosas e que o prazo a perder de vista para liquidar o empréstimo significa, para quem optar pelo maior número de parcelas, um orçamento mais apertado pelos quatro anos seguintes.

Um juro de 2,41% mensais, por exemplo, corresponde a uma taxa anual de 33,08%. Já 8,25% ao mês correspondem a 158,9% em juros num período de um ano. Uma alternativa, por exemplo, é sacar recursos investidos em aplicações conservadoras, como poupança, que têm rentabilidade baixa. Mesmo assim compensa, face aos juros altos cobrados no parcelamento dos tributos.






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