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Economia
Sexta - 16 de Abril de 2010 às 02:02
Por: Mariana Peres

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Nos últimos dois anos, este foi o melhor saldo de empregos com carteira assinada do primeiro trimestre no Estado.
Nos últimos dois anos, este foi o melhor saldo de empregos com carteira assinada do primeiro trimestre no Estado.

O saldo de empregos com carteira assinada, em Mato Grosso, fechou o primeiro trimestre do ano com expansão de 100% sobre o volume de empregados em igual período de 2009. Conforme o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o saldo é o resultado das admissões subtraídas das demissões. No período analisado, o saldo de janeiro a março de 2009 foi de 7,62 mil postos e em 2010 atingiu 15,31 mil.

Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem pelo MTE, os segmentos que mais ofertaram postos de trabalho com carteira (empregos celetistas) foram a agropecuária, indústria e serviços, com expansão de 8,75%, 3,33% e 2,41%, respectivamente. Do saldo de mais de 15 mil vagas, cerca de 7 mil estão no campo, 3,32 mil no serviços e outras 3,5 mil na indústria.

“Mato Grosso se mantém em ritmo de crescimento chinês em vários segmentos”, destaca o presidente da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan.

Neste primeiro trimestre de 2010, Mato Grosso gerou 93,41 mil postos celetistas e demitiu 78,10 mil, o que resulta em um saldo de pouco mais de 15 mil vagas. Já comparando o desempenho das contratações de um trimestre sobre o outro, a expansão é bem menor, porém não deixa de ser positiva, 3,11%, e é a segunda melhor da região Centro-Oeste, perdendo apenas para Goiás, que totalizou saldo de mais de 34 mil vagas.

Milan frisa que o mês de março, de forma isolada, não foi um bom para o Estado já que o saldo entre admissões e demissões ficou negativo, ou seja, mais desligamentos que contratações. “Perdemos 663 postos, já que contratamos 31,10 mil e dispensamos 31,77 mil trabalhadores, no entanto março ainda é um mês de sazonalidades, ou seja, com forte influência da oferta de empregos temporários ofertados no início do ano”.

E em março, a agricultura e o comércio foram as atividades que mais demitiram, -1,45 mil postos e -873 postos, respectivamente. “Diferente da indústria, que oferta vagas mais consolidadas e não tem dispensas ou contratações temporárias”, completa.

CAMPO - Nos três primeiros meses do ano a agropecuária gerou 23,89 mil empregos com carteira assinada e demitiu 16,65 mil. A maior parte das contratações, como explica o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), Normando Corral, são temporárias e com vínculo para 60 ou 90 dias. “Período suficiente para concluir a safra de grãos, principalmente a soja. Geralmente em março a soja está colhida e o milho safrinha ou algodão plantado, o que gera a dispensa”. Ele lembra que no momento em que há dispensas nas lavouras de soja têm início as contratações para as lavouras de cana-de-açúcar, “no entanto cultivamos pouco mais de 200 mil hectares de cana e as contrações não conseguem absorver todo o contingente”.

Corral aponta, ainda, que apesar de o setor ser o maior demissor do período “a renda gerada no campo, principalmente aos trabalhadores demitidos, gera demandas aos outros setores da economia e aquece a economia de modo geral, direta e indiretamente”.






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