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Economia
Quarta - 14 de Abril de 2010 às 20:20

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O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disseram nesta quarta-feira esperar que o Brasil tenha uma melhora na avaliação concedida por agências de risco após ter passado bem pela crise financeira mundial.

"Depois de o Brasil sair da crise mais forte do que entrou e mais forte do que muitos outros países, a tendência é de que os "ratings" brasileiros sejam melhorados", disse Meirelles, após participar de audiência na Câmara dos Deputados.

Ele ressaltou que tem como princípio "deixar as agências fazer o trabalho delas".

"Nós fazemos nosso trabalho e esperamos que isso seja reconhecido no devido momento, como tem sido. O resultado da economia brasileira é hoje indubitável."

Mais cedo, durante audiência na CPI da Dívida Pública da qual Meirelles participou, Mantega afirmou que o Brasil deveria ter uma classificação melhor do que a da Grécia, país que enfrenta desconfiança do mercado por conta da deterioração de suas contas fiscais.

O Brasil é classificado na primeira faixa considerada como grau de investimento pelas três principais agências de risco internacionais --Standard & Poor"s, Moody"s e Fitch. A nota é inferior à concedida para a Grécia.

"Poderíamos ter "ratings" melhores", afirmou Mantega. "Estamos conversando com as agências", acrescentou.

Compulsório

Questionado se o BC poderia realizar um novo aumento do depósito compulsório para conter a inflação, Meirelles reiterou que os compulsórios são usados essencialmente para lidar com questões de liquidez.

"Não só a liquidez do sistema, mas a liquidez das grandes instituições. É este o critério que se usa no mundo", afirmou.

"A gestão da política monetária do BC é feita pelo Copom (Comitê de Política Monetária). Temos uma reunião neste mês, e aí, sim, endereçaremos a questão da inflação."

O presidente do BC lembrou, ainda, que os compulsórios foram recentemente elevados para níveis próximos aos vigentes antes do agravamento da crise global.

Mais cedo, durante apresentação na CPI, Meirelles havia afirmado que a política econômica deve ser medida por resultados e enalteceu a melhora dos indicadores no Brasil, como do desemprego e renda.

"O que importa em política econômica é o resultado... Não se pode apenas analisar coisas pontuais", disse ele, acrescentando que a responsabilidade econômica do governo possibilitou um crescimento mais forte da economia.





Fonte: Reuters

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