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Economia
Terça - 13 de Abril de 2010 às 08:53
Por: Renato Cruz

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Depois de um ano no esforço de colocar a casa em ordem, Luca Luciani, presidente da TIM Brasil, precisa demonstrar este ano que a empresa é capaz de retomar o crescimento. Para isto, o executivo italiano anuncia hoje, em Milão, um aumento de cerca de 20% nos investimentos de 2010, quando comparados ao ano anterior, para R$ 2,5 bilhões.

 

"Vamos fazer esse investimento com recursos próprios", disse o executivo, em entrevista por telefone. A TIM Brasil projeta um crescimento maior do que 5% para a receita de 2010, e que a margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ultrapassará 25%, comparados a 23% em 2009. Em 2009, a receita líquida da TIM Brasil caiu 0,7%, para R$ 12,09 bilhões.

Segundo o executivo, um terço do investimento previsto em rede será usado na expansão da capacidade, um terço na ampliação da cobertura de voz, com tecnologia de segunda geração (2G), e o restante no crescimento da rede de terceira geração (3G), aproveitando a redução de gastos trazida pela compra da Intelig.

Quando assumiu o comando da subsidiária brasileira, no começo de 2009, Luciani encontrou uma empresa em crise. No ano anterior, a TIM havia perdido o segundo lugar do mercado para a concorrente Claro, e chegou a acumular prejuízo de R$ 142 milhões em um semestre, que foi revertido até o fim do período. A percepção de qualidade, por parte de seus clientes, estava muito baixa, e a maior parte do esforço feito no ano passado foi para melhorar o serviço de voz.

"A voz foi o foco em 2009, e continua sendo em 2010", disse o presidente da TIM. Segundo o executivo, a empresa fará um esforço para melhorar a cobertura e a qualidade do serviço de dados no segundo semestre, instalando em grandes cidades, como São Paulo, capacidade para oferecer velocidades de 14 megabits por segundo (Mbps), que equivale a sete vezes a conexão de internet fixa comumente vendida.

Luciani aposta num incremento do serviço de dados com a integração da Intelig, operadora adquirida pela TIM Brasil no ano passado. "O grande componente da Intelig é a fibra", disse. "Seja com parceria, como a Eletropaulo, seja com capacidade direta, teremos pacotes que combinam voz fixa e internet."

Em março, a Intelig lançou um pacote de banda larga e telefonia via rede elétrica, usando a tecnologia chamada de Broadband over Powerlines (BPL). Por meio de um acordo com a Eletropaulo Telecom, a empresa começou a oferecer o serviço em 350 edifícios de São Paulo, o que corresponde a 18 mil residências.

Recentemente, a Telecom Italia foi alvo de rumores sobre mudança de controle. Uma das possibilidades seria a venda da operadora italiana para a espanhola Telefónica, que participa de seu grupo de controle. Outra seria a venda da TIM Brasil para a Telefónica. Apesar das notícias sobre negociações, não houve nenhum resultado concreto. "Esse é um assunto dos acionistas, mas posso dizer que o Grupo Telecom Italia vai fortalecer muito a operação no Brasil. A expansão do grupo vem do Brasil", disse Luciani.






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