Dólar quebra sequência de perdas e fecha a R$ 1,77; Bovespa cai 0,51%
Em um dia praticamente esvaziado de indicadores econômicos mais fortes, alguns poucos números da economia americana tiveram influência suficiente para azedar o humor dos agentes de mercado.
O preço do dólar começou o dia praticamente estável em relação e cedeu ao longo de toda a manhã. As cotações somente subiram no início da tarde, atingindo o pico muito perto do encerramento das operações.
O Banco Central quase esperou "até o último minuto" para ir às compras. O leilão diário de compra foi realizado às 15h39 (hora de Brasília), aceitando ofertas por R$ 1,7702 (taxa de corte), justamente na margem superior dos preços.
Dessa forma, o dólar comercial encerrou o dia sendo vendido por R$ 1,778, em um avanço de 1,31% sobre o fechamento de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,777 e R$ 1,755. Na casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi cotado por R$ 1,880, em alta de 1,07% sobre o fechamento de ontem.
Ainda operando, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) sofre queda de 0,51%, aos 70.730 pontos. O giro financeiro é de R$ 5,66 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York recua 0,83%.
Na primeira metade do expediente, a notícia de que o PIB (Produto Interno Bruto) teve crescimento nulo no último trimestre do ano passado frustrou muitos analistas, num momento em que a economia europeia é o foco das preocupações. À tarde, a retração brusca da concessão de crédito nos EUA (queda de 5,6% em fevereiro) deu mais força para aquela parcela dos agentes do mercado que já puxava as cotações.
"O mercado esperava um deficit em torno de US$ 7 bilhões e veio mais de US$ 11 bilhões. Hoje o dia foi um pouco fraco de notícias, e quando saiu essa informação, acho que muito investidor desanimou", comenta Glauber Romano, profissional da mesa de operações da corretora Intercam.
Entre outras notícias importantes do dia, o Banco Central brasileiro apontou um saldo positivo de US$ 2,14 bilhões no mês de março para o fluxo cambial do país (diferença entre saídas e entradas de dólares).
O acumulado no trimestre ficou positivo em US$ 2,790 bilhões. Em 2009, o primeiro trimestre teve saldo negativo de US$ 2,974 bilhões, mas o fluxo terminou o ano positivo em US$ 28,7 bilhões.
Comentários