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Nacional
Segunda - 29 de Março de 2010 às 21:25
Por: Márcio Falcão

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Dos 11 convocados nesta segunda-feira para prestar esclarecimentos na Polícia Federal sobre o esquema de corrupção no Distrito Federal, apenas três falaram sobre a distribuição de propina no governo Arruda. Segundo a Polícia Federal aceitaram responder ao interrogatório do delegado Alfredo Junqueira: o empresário Alcyr Colaço, o ex-presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Leonardo Prudente (sem partido), e o ex-secretário José Luiz Valente (Educação).

Colaço e Prudente foram flagrados em vídeos gravados por Durval Barbosa, delator do esquema de arrecadação e pagamento de propina. O empresário aparece guardo dinheiro de suposta propina na cueca, enquanto o ex-deputado aparece colocando a suposta propina nas meias.

A Polícia Federal ainda não revelou o teor dos depoimentos. A Folha Online apurou que a orientação da defesa de Prudente era para que ele sustentasse a tese de que o dinheiro era uma doação do Durval na campanha de 2006 que foi declarada a Justiça Eleitoral, o que caracteriza caixa dois. Desde que surgiram as denúncias, Prudente apresenta essa versão.

O depoimento do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido), o mais esperado do dia, também não trouxe revelações. Por orientação dos advogados, Arruda permaneceu em silêncio. Segundo seu advogado, Nélio Machado, Arruda não poderia falar sem a defesa ter acesso ao teor inteiro do inquérito do STJ (Superior Tribunal de Justiça) que investiga o esquema de corrupção.

A estratégia de Arruda foi se repetiu em outros depoimentos. Ficaram calados Welligton Morais (ex-secretário de Comunicação), Luiz França (subsecretário de Justiça e Cidadania), Gibrail Gebrim (ex-assessor da Secretaria de Educação) e o executivo Marcelo Carvalho, braço direito do ex-vice-governador Paulo Octávio (sem partido) no grupo empresarial.

O ex-assessor de imprensa Omezio Pontes e o ex-chefe da Casa Civil José Geraldo Maciel foram dispensados pelo delegado. A PF ainda não informou sobre o depoimento do empresário José Abdon, da AB Produções.

O empresário Ricardo Malcot se antecipou à convocação da PF e se apresentou espontaneamente. Segundo o delegado, ele não deu esclarecimentos.






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