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Segunda - 29 de Março de 2010 às 12:46
Por: Patrícia Sanches

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Patrícia Sanches
Ex-procurador da República, Pedro Taques, espera que em junho o partido aprove seu nome como candidato ao Senado
Ex-procurador da República, Pedro Taques, espera que em junho o partido aprove seu nome como candidato ao Senado

A cerimônia de filiação do ex-procurador da República Pedro Taques ao PDT durou cerca de 2 horas e foi marcada por discursos inflamados, críticas veladas e muita emoção. Seus pais, Eda Gonçalves e Alinor Taques, choraram bastante durante a filiação do filho que fez questão de lembrar que a sua família se estabeleceu em Mato Grosso em 1720, um ano após a fundação de Cuiabá. “Muitos dizem que sou louco. Foi muito difícil sair do MPF, tenho orgulho de ter sido procurador, mas acho que já cumpri a minha missão lá e agora poderei dar uma maior contribuição a Mato Grosso”, disse.

Para demonstrar as dificuldades que ocorreram até a concretização da filiação, ele lembrou que durante a sua carreira fez muitos inimigos poderosos e que as forças deles ficam ainda maiores depois que deixou a carreira federal. “Andei escoltado por muito tempo e minha filha era vigiada por quatro policiais. Como eu deixei o MPF, também abdiquei da prestação de serviços dessas pessoas”, afirmou o ex-procurador, que revelou já ter recebido ameaças por telefone. Relatou que sua esposa Samira Taques já recebeu telefonemas suspeitos e que sua vida já foi investigada. “As forças dos meus inimigos redobraram, mas tenho certeza de que estou no caminho certo".

Ele também mandou um recado velado aos adversários políticos. Disse que não pretende representar segmentos ou empresas, que entrou na política não para se servir dela, mas para servir a ela. “Não entrei na política para construir estradas que liguem as minhas fazendas. Quero contribuir para o desenvolvimento do Estado”, discursou. Perguntado minutos depois para quem era o recado, ele se limitou a dizer que não pretende “fulanizar” o debate, que não adianta criticar a corrupção e que agora é o momento de contribuir. “O que me preocupa não são os corruptos, mas sim o silêncio dos homens de bem. Homens que não tem uma saúde e uma educação digna”, discursou sob aplausos".

O pronunciamento de Taques durou cerca de 30 minutos e o ex-membro do MPF foi ovacionado diversas vezes pelos mais de 300 correligionários, servidores federais e amigos que acompanharam o ato de filiação no Hotel Deville, em Cuiabá. Entre as autoridades que estiveram presentes está o coordenador do Gaeco Paulo Prado, o presidente do PDT Otaviano Pivetta, o secretário-geral da sigla Manoel Dias, o pré-candidato ao governo Mauro Mendes (PSB), a pré-candidata a deputada estadual e ex-vice-prefeita de Cuiabá Jacy Proença, a deputada Vilma Moreira (PSB), que representou o deputado federal e presidente da sigla Valtenir Pereira.

Num determinado momento correligionários compararam Taques a Rui Barbosa, que ficou conhecido por lutar pela Justiça. É dele a frase "de tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar os poderes nas mãos dos maus, o homem chega desanimar-se da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto." Apesar da empolgação, Taques ponderou que ainda é pré-candidato ao Senado e que somente será candidato após as convenções. “Se o partido entender que devo ser candidato serei, senão, vou retomar a minha vida como professor e advogado”.





Fonte: RD News

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