Taborelli afirma ser procurado por diversas siglas e diz que se tivesse mais "força", poderia implementar ações de combate à criminalidade em todo o Estado assim como vem fazendo na Regional Sul
Taborelli é assediado por várias siglas e não descarta corrida à AL

O comandante da Regional Sul da Polícia Militar, que compreende 21 municípios, coronel Pery Taborelli, deve ser candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa e não descarta até mesmo tentar uma cadeira na Câmara Federal. Taborelli, que era o responsável pelo 5º Batalhão de Rondonópolis e foi promovido em dezembro ao Comando Regional, tem um perfil bastante popular, já chegou até a ser filmado empurrando uma viatura da polícia para prender bandidos e liderou arrastões no combate ao crime, além de realizar diversas reuniões nos bairros com a comunidade. Ele também já foi comandante em Rosário Oeste.

Hoje é assediado por diversos partidos. “Tenho conversado com o PP, PPS, PR, mas até agora nenhum deles me convenceu por completo a disputar um cargo eletivo”, pondera Taborelli. Ele garante que ainda não está totalmente seguro para entrar na disputa eleitoral. “Nunca atuei na política e preciso ter segurança, ouvir conversas mais objetivas”, justifica. Para viabilizar seu nome nas eleições, ele deve se filiar a algum partido e pedir exoneração do posto até três meses antes do pleito, que acontece em outubro.

Taborelli ressalta que durante o período em que esteve à frente do 5º Batalhão de Rondonópolis, o clima de segurança na cidade aumentou e que o mesmo trabalho é desenvolvido hoje nos 21 municípios da região Sul, onde residem cerca de 500 mil habitantes. “Os resultados têm sido extremamente positivos e acho que, se tivermos mais força, poderemos fazer isso em todo o Estado”, afirmou o coronel.

Assim, ele deixa claro que se for candidato vai “bater duro” em propostas voltadas à segurança, visando a implementação de modelos que deram certo durante sua atuação na Polícia Militar. Ele ressalta que a população quer discutir a segurança e que recentemente se encontrou com 600 líderes de segurança durante o evento da posse dos Conselhos de Segurança. Taborelli atua na carreira militar há 29 anos e se aposentaria em 2011 se não tivesse sido promovido no ano passado. Agora tem pela frente mais cinco anos antes de deixar de vez o posto. Caso decida concorrer ao pleito, terá de pedir exoneração do cargo e perderá os benefícios. Hoje ele integra um Conselho de 19 coronéis, com salário de cerca de R$ 15 mil mensais.