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Policia MT
Domingo - 28 de Março de 2010 às 07:40

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A suposta culpa de Leopoldino Marques do Amaral, levantada pelo estudante e confirmada por investigação da Corregedoria-geral de Justiça, acabou por desqualificar as denúncias, e levou a Justiça a enterrar o caso junto com o magistrado.

"Os problemas identificados na vara comandada pelo juiz Leopoldino não justificam o arquivamento das denúncias feitas por ele. Não se pode desqualificar uma denúncia, só porque o denunciante também cometeu erros", protestou o advogado Eduardo Mahon.

Ele disse estar perplexo com o silêncio dos colegas, que apenas trocam e-mails sobre possíveis vendas de sentenças, mas não oficializam as denúncias. De acordo com Mahon, o comércio de decisões judiciais não enfraquece apenas a magistratura, mas também a advocacia. "É hora de os advogados denunciarem o que sabem. O desembargador Manoel Ornellas falou com muita propriedade. Em todo esquema de venda de sentenças há um magistrado na ponta".

Ostentação - O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/MT), Francisco Faiad, também recebeu o e-mail com a carta de Leopoldino, repassado por colegas. Em 2008, Faiad foi o autor da denúncia que levou o então corregedor-geral de Justiça, desembargador Orlando Perri, a dar início às investigações no setor de distribuição de processos do TJ, por suspeita de venda de sentenças. "Isso todo mundo sabe que sempre existiu. O problema é que ninguém tem como comprovar. Mas sei que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai comprovar todas essas denúncias. Eles tem como fazer isso com escutas telefônicas e com a riqueza exterior ostentada por alguns magistrados". (MO)





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