Para Maggi, oposição teria maior chance de vitória se Jaime fosse o candidato ao Governo

Na entrevista em que avaliou os sete anos e três meses de sua gestão concedida a TV Record (canal 10), o governador Blairo Maggi (PR) afirmou que as pesquisas de consumo interno da "Turma da Botina" apontam que o candidato da oposição com melhor desempenho é o senador Jaime Campos (DEM) e não o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB). Após números do Vox Populi e Ibope, o prefeito tucano foi anunciado como o candidato da coalizão de oposição.

Para Blairo Maggi, o senador democrata reuniria melhores condições políticas de ser candidato ao Governo. “Na nossa pesquisa interna o senador Jaime Campos aparece na frente do prefeito. Se ele fosse o candidato, teria boas chances de vitória”, revelou o governador.

Para Maggi, o quadro sucessório estaria ainda mais “embolado”, caso o senador democrata não recuasse da pré-candidatura após a realização de pesquisas que apontaram o prefeito de Cuiabá com maior probabilidade de vitória. Sobre o rompimento do DEM com a base de sustentação do Governo, após apoiá-lo nas duas eleições, Blairo Maggi avalia como natural diante da aliança nacional entre tucanos e democratas, apesar de destacar a importância do partido nos dois pleitos. “É preciso compreender também o alinhamento nacional que existe entre DEM e PSDB. Hoje é muito difícil fugir disso”, colocou.

Blairo Maggi considerou o quadro sucessório ainda indefinido diante das três pré-candidaturas postuladas até o momento, com o vice-governador Silval Barbosa (PMDB), o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB) e o empresário e presidente da Fiemt, Mauro Mendes (PSB).

“São três pessoas qualificadas para pleitear o cargo. Temos uma grande possibilidade de ter o segundo turno pela primeira vez no Estado”, disse o governador, que renuncia ao mandato no próximo dia 31 para concorrer ao Senado.

Segundo o governador, ele tem bom relacionamento pessoal com os três pré-candidatos, mas que defenderá pela continuidade de sua gestão com a candidatura do vice-governador. “O Silval conhece muito bem o Governo e pode dar seqüência naquilo que já está sendo feito”, frisou.

Senado

Sobre o desafio que irá enfrentar nestas eleições, já que nenhum governador conseguiu chegar ao Senado logo após deixar o cargo, Maggi assegura que tem projetos para ajudar ainda mais o Estado e o país. “Vou trabalhar para quebrar esta escrita. Não tenho direito de cobrar nada da população, pois tudo que fiz foi em retribuição aos votos que já recebi. Para o Senado tenho que merecer o voto”, explicou.

Entre os projetos que pretende defender no Congresso Nacional, Maggi citou que irá lutar por um maior repasse do FPE (Fundo de Participação dos Estado) para Mato Grosso. Ele colocou que apenas o Estado da Bahia recebe mais recursos deste fundo que toda a região Centro Oeste. “Em 2012 vai reabrir as discussões para definir as normas deste repasse. Quero estar lá para ajudar Mato Grosso a incrementar suas receitas com este fundo”, observou.

Sobre as vagas de suplente em sua chapa, que estão sendo muito disputadas, o governador afirma que estão indefinidas. “Todo pensa que já estou eleito, mas estarei brigando por cada voto”, assinalou. O governador despistou, ao não responder sobre possibilidade do prefeito de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), renunciar ao mandato para concorrer como suplente em sua chapa.