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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Quinta - 25 de Março de 2010 às 22:16
Por: Márcio Falcão

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Em parecer encaminhado nesta quinta-feira ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e a subprocuradora-geral da República Raquel Dodge recomendam que seja negado o pedido de revogação da prisão preventiva apresentado pela defesa do ex-governador José Roberto Arruda (sem partido).

Segundo o Ministério Público Federal, é a prisão preventiva que restringe a capacidade de Arruda influenciar na coleta de provas do inquérito que investiga o esquema de arrecadação e pagamento de propina. O parecer dos procuradores será analisado pelo ministro Fernando Gonçalves, do STJ, que é responsável pelas investigações.

Os procuradores afirmam que há provas nítidas das condições dignas que são asseguradas ao ex-governador e de que não houve piora no seu tratamento prisional.

"As fotos da sala especial que ele ocupa revelam que o ambiente é amplo, iluminado, ventilado, refrigerado, mobiliado e limpo. O requerente toma banho de sol duas vezes ao dia, faz caminhadas e recebe visitas. Os alimentos que ele ingere são trazidos de sua própria residência. A longa lista de consultas médicas e de enfermagem qualificadas que ele teve, em média duas vezes ao dia desde a data da prisão, e os exames laboratoriais e específicos realizados no mesmo período, revelam que ele recebeu assistência médica intensa e adequada. Além disto, recebeu assistência diária de seus advogados, em contatos pessoais e reservados".

Arruda deixou a prisão quatro vezes para realizar exames em hospitais de Brasília. Um cateterismo identificou a obstrução de uma das artérias do coração, mas o médico particular dele, Brasil Caido, resolveu tratar o problema com medicamentos.

Apesar do parecer, ontem, Gurgel reconheceu que Arruda está perto de reconquistar a liberdade. O procurador-geral disse que ele já poderá ser solto assim que a Polícia Federal ouvir as demais testemunhas que ainda não depuseram sobre o escândalo, que ficou conhecido como mensalão do DEM.

Ele calcula que todos os depoimentos podem acontecer em dez dias, se o prazo sugerido foi respeitado. Dessa forma, Arruda poderá ser solto já no início de abril.

Arruda será ouvido na segunda-feira sobre o esquema de arrecadação e pagamento de propina.






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