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Economia
Domingo - 21 de Março de 2010 às 04:10
Por: Jonas da Silva

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Uma nova tecnologia para a produção de biodiesel, já aprovada em testes de laboratório da UFMT, deve incrementar o mercado em Mato Grosso e no Brasil. A informação foi repassada pelo professor e pesquisador Paulo Teixeira. A novidade está em fase de regulação da propriedade intelectual com solicitação de patente no Brasil, Estados Unidos, Europa e Japão. Com a inovação, o produto será obtido com a utilização de microondas, um catalisador em matéria-prima de baixa qualidade e alto teor de acidez, como óleos de fritura. O catalisador é a substância que retarda ou acelera uma reação química.

Novas gerações de produtos têm sido resultado de pesquisas científicas. Na vanguarda sobre geração de energia de fontes não petrolíferas, o pesquisador destaca outros estudos em andamento. Ele cita que o álcool celulósico já é realidade. O tipo de etanol consiste na utilização de toda e qualquer matéria que tenha na sua composição a celulose, de capim a papel, altamente acumulado pela civilização industrial. O professor da UFMT diz que com as pesquisas em andamento um ditado popular não será realidade. "Aquela história de que capim não é dinheiro vai ser mudada".

O professor informa que a maior fornecedora de plantas e equipamentos para indústria sucroalcooleira, a Dedini, de Piracicaba (SP), já faz teste para o álcool celulósico, assim como a Petrobras. A atual barreira para a produção em escala industrial é ter que quebrar as moléculas grandes de açúcar da celulose. A molécula é a denominação na química da partícula das substâncias compostas ou elementos simples.

Paulo Teixeira diz que a proposta do tipo de álcool está em desenvolvimento pelo secretário de Energia dos Estados Unidos, o cientista Steven Chu. Ele desenvolve e incentiva no país um estudo em que cupins são colocados para quebrar moléculas da celulose, o que pode revolucionar a produção do combustível. O secretário foi eleito personalidade do ano em 2009 pela revista científica "Nature", a mais conceituada do meio, por patrocinar projeto de energia limpa e do setor energético nos EUA. Em 1997, ele recebeu o Prêmio Nobel de Física. Em Mato Grosso, são utilizados para produção de biodiesel oleaginosas vegetais em geral, como soja, caroço de algodão, girassol e sebo bovino, cuja oferta é alta devido ao rebanho de 27,3 milhões de cabeças do Estado. O pesquisador relembra que a matéria-prima animal foi valorizada. Em 2005, o quilo do sebo bovino era R$ 0,20 e atualmente é cerca de R$ 1,50, alta de 650%.





Fonte: A Gazeta

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