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Esportes
Sábado - 20 de Março de 2010 às 19:20
Por: Lucas Bólico

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A falta de apoio ao esporte em Mato Grosso está interrompendo prematuramente a carreira de inúmeros atletas promissores do basquetebol. Ao atingir os 17 anos, os jovens encontram apenas duas opções: ou saem do estado para tentar a sorte no esporte, ou se aposentam e seguem outra carreira qualquer.

A curta vida dos atletas do basquete em Mato Grosso perdura apenas contemporaneamente ao período do ensino fundamental, segundo o professor Wilson Sanaiotti Júnior, o Wilsinho, treinador da Associação de Pais e Amigos do Desporto de Araputanga (Apada). Ele conta que falta incentivo do governo, patrocínio e um calendário esportivo para Mato Grosso.

“Hoje nós só vivemos de jogos escolares. Quando o aluno passa dos 17 anos, ou ele vai para outro estado, ou vai trabalhar como comerciante, estudar e seguir outra profissão”, reclama.

E quem pensa que as dificuldades inibem o surgimento de atletas promissores se engana. Foi justamente da Apada, que Polyana de Almeida, 14, considerada por Wilsinho a atleta mais promissora de Mato Grosso começou a carreira.

Somando duas convocações para a seleção brasileira de basquete sub-15, a armadora já desponta entre as melhores do país na categoria. Ela foi observada pela ex-jogadora e hoje técnica da seleção sub-15 de basquete, Janeth Arcain, durante um campeonato estudantil nacional antes de ser chamada pela primeira vez.

Porém, daqui a três anos, Polyana perderá espaço no cenário esportivo local e terá de se mudar de Mato Grosso. Wilsinho conta que a fuga de atletas não vem de hoje. “Aqui da Apada já saíram dois atletas para jogar em times nacionais”, lembra. Entre esses atletas está Elisangela Reis, que foi campeã sulamericana e tirou o quarto lugar em uma competição no Qatar.






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