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Economia
Sexta - 19 de Março de 2010 às 19:16
Por: Diana Brito

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A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 28,982 bilhões em 2009, queda de 12% frente ao que havia sido verificado em 2008. Apenas no quarto trimestre, o lucro ficou em R$ 8,129 bilhões, alta de 11% em relação ao terceiro trimestre (R$ 7,303 bilhões) e de 31% na comparação com o mesmo período de 2008 (R$ 6,189 bilhões).

De acordo com comunicado, o resultado refletiu a redução nos preços de venda de petróleo e derivados, as perdas cambiais durante o período em que a companhia manteve exposição líquida ativa em dólar e a despesa extraordinária com participação especial.

"A receita operacional líquida caiu R$ 32 bilhões (em 2009), porque os preços reduziram-se. O preço do Brent caiu 36% e os nossos preços de venda caíram 12%", afirmou o diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, a jornalistas na sede da empresa, no Rio de Janeiro.

Apesar disso, a geração operacional de caixa --o chamado Ebitda-- da Petrobras subiu 5% no ano passado, para R$ 59,944 billhões. A alta, segundo a estatal, é explicada pela redução dos custos médios unitários e pela queda nos gastos com importação e participações governamentais.

No ano passado, a produção total de petróleo e gás natural da Petrobras cresceu em 5% em relação a 2008, chegando à média de 2,526 millhões de barris por dia. O resultado foi ajudado pelo aumento na produção das plataformas P-52 e P-54 no campo de Roncador e da P-53 em Marlim Leste. Além disso, entraram em operação mais quatro unidades.

O aumento na produção, aliado a uma redução de 23% na importação de derivados, fez com que o saldo comercial da empresa fechasse o ano positivo em 156 mil barris diários --e US$ 2,9 bilhões. Entra os produtos que tiveram redução das importações, a Petrobras destacou o óleo diesel, em decorrência da redução na demanda e do aumento da produção no país.

Em 2009, a Petrobras investiu R$ 70,757 bilhões, volume recorde para a companhia, de acordo com carta do presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli. O número representa crescimento de 33% na comparação com os recursos investidos em 2008. Os investimentos foram direcionados para a ampliação da capacidade futura de produção de petróleo e gás natural, nas refinarias.

Os dividendos propostos totalizam R$ 8,335 bilhões, dos quais R$ 7,195 bilhões já foram antecipados aos acionistas ao longo de 2009, na forma de juros sobre capital próprio, gerando um benefício fiscal de R$ 2,446 bilhões. Ao final de dezembro de 2009, o valor de mercado da companhia estava em R$ 347,085 bilhões, 55% superior ao ano anterior.

com Reuters






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