Denúncia de nomeação de fantasmas causa afastamento de diretor da Assembleia do PR

Bibinho disse no comunicado, remetido ao presidente da Assembleia, Nelson Justus (DEM), que tomou a decisão porque "recentes notícias publicadas em veículos de comunicação do Estado do Paraná que envolvem minha pessoa, merecem ser apuradas por essa Casa de Leis, de forma clara e cristalina, sem qualquer possibilidade de minha interferência".

Justus aceitou o pedido, onde o dirigente afirmou ainda ter "total interesse na elucidação dos fatos junto à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná e também ao próprio Ministério Público do Estado do Paraná".

O agora ex-diretor-geral foi citado em reportagens como sendo o responsável por nomeações de pessoas que não dão expediente na Casa nem moram no Estado. É o caso de duas filhas e uma ex-mulher de um contador que já prestou serviços a ele. Elas residem em Balneário Camboriú (SC).

O Ministério Público Estadual já abriu 240 investigações para apurar suspeitas de irregularidades na Assembleia. Entre os casos apurados está o de uma agricultora de família pobre do interior do Estado. Ela teve o nome usado para abrir uma conta bancária por onde passaram R$ 400 mil em supostos recursos da Assembleia entre 2004 e 2009. As denúncias fizeram a promotoria anunciar nova investigação.

A mesa diretora da Assembleia, após as denúncias, prometeu divulgar no site oficial da Casa todas as edições de seus diários contendo os atos administrativos. As edições desses diários têm periodicidade irregular e circulação restrita a poucos funcionários.

Como resultado das denúncias, a direção da Casa também determinou a abertura de sindicância para apurar as responsabilidades sobre as nomeações dos supostos fantasmas e laranjas.