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MT Eleições 2014
Quinta - 18 de Março de 2010 às 04:29
Por: Jean Campos

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No que depender do presidente nacional do PPS, Roberto Freire, o partido não seguirá na Eleição 2010 apoiando a candidatura do empresário Mauro Mendes (PSB) ao governo de Mato Grosso. “Vou lutar para que o PPS não se coligue com o PSB para apoiar a candidatura do empresário Mauro Mendes”, afirmou, ontem, por telefone.

Embora se esquive comentar sobre a hipótese de intervenção da Executiva Nacional no Diretório Regional, Roberto Freire pontuou que “o problema de Mato Grosso será discutido em evento nacional”. Segundo ele, no dia 6 de abril, em Brasília, os líderes do PPS irão se reunir para definir a questão das alianças nos Estados. “Quem não seguir a diretriz nacional de fortalecer o palanque de José Serra é porque está contra a política do partido”, adiantou a tônica do encontro.

O líder partidário avaliou como “um equívoco” a movimentação do presidente da legenda no Estado, deputado Percival Muniz, de levar o partido à coligação com o PSB, partido que define como um inimigo declarado. Freire disse desacreditar na candidatura do deputado federal Ciro Gomes (PSB) à presidência, o que implicaria no apoio à Dilma Rousseff (PT). “É inadmissível que o PPS de Mato Grosso vá para o palanque da petista”, criticou.

As declarações do presidente do PPS vão de encontro com a garantia de continuidade no projeto com o PSB, dada pelo deputado Percival Muniz, anteontem, durante o evento que selou a candidatura de Mauro Mendes. Segundo Percival, 32 dos 45 membros do diretório regional do partido estão de acordo com a proposta do movimento “Mato Grosso Muito Mais”. Na mesma ocasião, ele criticou a posição do presidente do diretório de Cuiabá, vereador Ivan Evangelista, que lidera um movimento de apoio à Wilson Santos (PSDB), dizendo que “quem manda no PPS estadual é o presidente”.

Percival vem enfrentando a resistência de uma ala do partido favorável à aliança com o PSDB. Como forma de estreitar o relacionamento com os socialistas, Wilson Santos aumentou a participação do partido na prefeitura da capital, nomeando Elismar Bezerra como secretário de Trabalho e Desenvolvimento Econômico.

A divergência interna culminou numa confusão, durante reunião para discutir a posição da legenda, que chegou a ter intervenção da Polícia Militar. O episódio passará por avaliação da comissão de ética da Executiva Nacional, assim que ela for comunicado oficialmente dos fatos.

Para Freire, a confirmação da candidatura de Wilson Santos, como representante da oposição, reforça o palanque do presidenciável José Serra no Estado e, consequentemente, a posição do PPS em Mato Grosso. “O palanque de Wilson é o mesmo de Serra, ou seja, agregará as mesmas forças políticas”, defendeu o presidente nacional do PPS. Roberto Freire disse, ainda, que “tem conversado muito pouco com Percival Muniz” e que pretende acabar com a celeuma em Mato Grosso, no evento do dia seis.






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