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Economia
Quinta - 11 de Março de 2010 às 01:24
Por: Marianna Peres

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Dobradinha qualificação e experiência farão a diferença em MT
Dobradinha qualificação e experiência farão a diferença em MT

Mato Grosso deverá ofertar em 2010, 26 mil novos postos de trabalho, a maior parte, demandados pelo comércio e indústria. As vagas serão abertas na medida em que novas empresas e unidades fabris forem aportando no Estado. No entanto, a oferta estará restrita a profissionais que apresentem no currículo uma dobradinha: qualificação e experiência no mercado. Destas 26 mil novas vagas, 52%, ou pouco mais de 13,6 mil, serão preenchidas pela mão-de-obra que atender à exigência.

O nível de cobrança no Estado está acima do estimado no país, já que dos cerca de 2 milhões de novos postos, 751 mil terão de comprovar qualificação e experiência profissional, o que equivale a 38% do universo nacional. Este é mais um indicador de desempenho econômico que Mato Grosso supera a média nacional.

As estimativas foram divulgadas ontem, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), e fazem parte do estudo “Emprego e oferta qualificada de mão-de-obra no Brasil: impactos do crescimento econômico pós-crise”. O comportamento do mercado foi projetado com informações nacionais, regionais e por unidade da federação, considerando um cenário nacional de expansão econômica estimado em 5,5% no ano.

De acordo com o consultor econômico da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt), Carlos Vitor Timo Ribeiro, Mato Grosso se destaca além da média nacional porque vive um recente processo de industrialização, o que em outras palavras quer dizer, como ele frisa, que as unidades que chegam, vem com tecnologia de ponta. “Eles nascem grandes. Ninguém vai implantar um frigorífico, por exemplo, com máquinas usadas e já obsoletas”.

O processo de industrialização, em Mato Grosso, classificado como ‘tardio’ por economistas e analistas, traz o ônus da exigência de profissionais prontos para atuar, mas também, traz ao Estado, empresas modernas, que já nascem grandes. “Esse contexto local inserido às expectativas econômicas brasileiras garantem destaque ao Estado. O profissional que se qualificar tem emprego certo em Mato Grosso”, ratifica o primeiro vice-presidente do Sistema Fiemt, Jandir Milan. Ele lembra que das 13 mil vagas para mão-de-obra qualificada, 50% serão requeridas pela construção e indústria.

ESTUDO – O IPEA em sua metodologia dividiu as atividades produtivas em nove setores: administração pública, agrícola, alojamento e alimentação, comércio e reparação, construção, educação, saúde e serviços sociais (os três são um segmento só), indústria, serviços coletivos e transporte, armazenagem e comunicação (um outro grupo). “Construção e reparação, são segmentos que aqui no Estado agregamos a indústria. A metodologia nos prejudica”, frisa Timo.

Dentro da oferta de novas vagas, o segmento do comércio será o maior ofertante. Segundo o IPEA serão 11.209 postos. Unindo construção e indústria, temos na visão da Fiemt, o segundo maior gerador de oportunidades com pouco mais de 6 mil vagas, sendo 2.483 da construção e 3.530 da indústria. Em terceiro lugar, com 2.911 vagas vem a atividade agrícola.

O mercado local de empregos deverá movimentar no Estado, durante o ano, 350.588 vagas, universo que incluiu as 26 mil, mais 324 mil que serão rodiziadas na economia. “Há uma rotatividade natural entre demissões e admissões, que resultam em recontratações”, completa Timo. Seguindo o IPEA, dos mais de 350 mil postos, 105.850 virão do comércio e reparação, 80.393 da atividade agrícola e 68.608 da indústria.

Milan argumenta que o Sistema Fiemt anteviu o comportamento do mercado e fomentou os cursos de capacitação, fortalecendo o treinamento para áreas que vão da mecânica à alimentação, passando pela construção civil e operação de máquinas pesadas. “O Senai – braço da entidade que conduz o processo de capacitação da indústria – tem orçamento anual de R$ 40 milhões. Ao ano, 30 mil pessoas são qualificadas no Estado”. Como pontua Milan, a movimentação no Estado para transformar a estimativa do IPEA em realidade já começou, “e será intensificada a partir de agora, porque o sistema produtivo estadual, de modo geral, passa por um processo de maturação”.






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