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Economia
Quinta - 04 de Março de 2010 às 05:04
Por: Marcondes Maciel

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A demanda por álcool no mercado e os bons preços justificam a antecipação da moagem pelo país
A demanda por álcool no mercado e os bons preços justificam a antecipação da moagem pelo país

Acompanhando o movimento das grandes destilarias brasileiras, este ano as usinas de cana-de-açúcar de Mato Grosso decidiram também antecipar a colheita e moagem de cana-de-açúcar da safra 10/11. Pelo menos uma usina já iniciou a colheita em Mato Grosso. Ainda este mês pelo menos duas plantas vão estar moendo. Mas o pico da moagem é esperado para o mês de abril, como informa o Sindicato das Indústrias Sucroalcooleiras de Mato Grosso (Sindálcool).

A expectativa é de que sejam produzidas na atual temporada 800 milhões de litros de álcool e 414 mil toneladas de açúcar, volumes idênticos aos registrados na safra anterior.

De acordo com o Sindálcool, as chuvas que começaram em agosto e se intensificaram a partir de novembro impediram que a produção avançasse mais na safra deste ano. “As usinas não atingiram o patamar esperado”, afirmou o diretor executivo da entidade, Jorge dos Santos.

Por conta do excesso de chuvas, a cana-de-açúcar não teve o rendimento previsto pelas usinas. “Em um determinado período do ano, chegamos a moer água, ao invés de cana”, disse Santos, acrescentando que o rendimento da matéria-prima chegou a cair 40% durante a safra.

Este ano as usinas deverão repetir o desempenho do ano passado, moendo cerca de 14 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.

A produção será garantida pelas 11 usinas em funcionamento no Estado – Itamarati, Cooprodia, Libra, Cooperb I, Pantanal, Barrálcool, Gameleira, Jaciara, Cooperb II, Usimat e Alcoopan – que geram cerca de 17 mil empregos na indústria e na atividade canavieira no período de colheita que está começando. “Há ainda a possibilidade de entrar em operação a décima segunda usina, a Brenco, em Alto Taquari”, informa o executivo do Sindálcool.

A atividade sucroalcooleira deverá movimentar este ano cerca de 12 mil trabalhadores somente na atividade agrícola (corte de cana-de-açúcar), três mil funcionários na área industrial e ainda dois mil na área administrativa.

OFERTA - Santos garante que os estoques estão regulares e não há problemas de abastecimento em Mato Grosso. “Não vai falar nem açúcar, nem etanol. Os estoques estão garantidos”, assegura.

Segundo ele, a situação no primeiro trimestre deste ano está mais tranquila devido à redução da demanda nos estados abastecidos por Mato Grosso, como Acre, Rondônia e Amazonas. “Nesses estados o etanol não está com preços competitivos na bomba, o que reduz a necessidade de vendas pelo menos nesta época de colheita”.

Santos informou que os preços do álcool em Mato Grosso ainda estão competitivos, lembrando que o consumo quase quadruplicou nos últimos três anos. “Saímos de um consumo anual de 107 milhões de litros em 2007, para 275 milhões de litros em 2008, e 390 milhões de litros no ano passado”, conta Santos. Na comparação do consumo de 2009 com o de 2007, o crescimento foi de 264%. E, em relação a 2008, o consumo teve incremento de 41%.

Em outras regiões do país – como Ribeirão Preto (SP), principal pólo sucroalcooleiro do Brasil - a colheita de cana-de-açúcar também foi antecipada este ano. A Usina Batatais, primeira a moer, abre a temporada com 15 dias de antecedência em relação a 2009.






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