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Internacional
Quarta - 03 de Março de 2010 às 11:18

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Reuters
Casal chileno em frente a casa destruída por terremoto; após tremor, cidades viram alvos de saques
Casal chileno em frente a casa destruída por terremoto; após tremor, cidades viram alvos de saques

O número de mortos no terremoto de 8,8 que atingiu o Chile no sábado (27) subiu para 799, segundo os dados apresentados hoje pelo Escritório Nacional de Emergência (Onemi).

A região de Maule foi a que registrou mais mortes --587, no total. No entanto, corpos também foram recolhidos nas localidades de Bío-Bío (92), O"Higgins (38) --na região metropolitana de Santiago--, Valparaíso (20) e Araucanía (14).

Em Concepción, a 515 quilômetros da capital e uma das cidades mais afetadas pelo tremor, o toque de recolher que começou as 18h de ontem vai vigorar até o meio-dia desta quarta-feira.

A medida, cujo tempo de duração foi ampliado, foi adotada para conter os saques e outros atos de vandalismo ocorridos no fim de semana. 

Segundo relatos preliminares das autoridades, a noite e a madrugada passada foram "tranqüilas", o que facilitou a distribuição de ajuda aos desabrigados e o abastecimento do comércio.

Nas regiões de Maule e Bío-Bío, bastante atingidas pela tragédia, as Forças Armadas mobilizaram 10 mil soldados, destacou a Onemi, que disse que três navios da Marinha percorrem o litoral da região com 1.200 toneladas de ajuda e que 50 aviões militares operam sem parar transportando mantimentos.

O órgão informou ainda que já há hospitais de campanha em Talca, Rancagua e Curanilahue, que mais quatro serão montados nas próximas horas em outras cidades e que já há postos de atendimento médico funcionando em Constituición e Chillán.

Cerca de dez caminhões-pipa também foram posicionados em pontos estratégicos para permitir que a água chegue a áreas de difícil acesso.

Ajuda

A ajuda alimentar começa a chegar, de maneira lenta, às áreas devastadas no Chile, o que faz com que o governo espere reduzir a situação de violência, saques e descontentamento que o país vive desde sábado, quando foi abalado por um tremor de 8,8 graus de magnitude.

Militares, voluntários e funcionários civis começaram a organizar a ajuda aos sobreviventes após a tragédia, que deixou quase 800 mortos. Na noite de terça-feira mantimentos começaram a ser distribuídos, após a chegada de caminhões de alimentos água.

"A rede de distribuição está operacional e grande parte da ajuda começa a chegar", disse Carmen Fernández, diretora do Escritório Nacional de Emergências (Onemi).

No entanto, Concepción, uma cidade de meio milhão de habitantes localizada 500 quilômetros ao sul de Santiago e epicentro da tragédia, ainda não havia recebido auxílio alimentar.

Cerca de 500 mil casas foram destruídas, de acordo com informações anteriores divulgadas por Bachelet. "Estamos enfrentando uma catástrofe gigantesca, que irá exigir um esforço de recuperação gigantesco", disse após encontro com ministros no palácio La Moneda.

Saques

Cidades próximas a Concepción, como o porto de Talcahuano, afetado por uma tsunami, vivem no escuro e estão expostas a saques.

"À noite os vândalos aparecem em nossas casas, que estão expostas. Assim, juntamos tudo o que conseguimos e colocamos fogo fuego para nos aquecer e, assim, cuidar das coisas na porta de nossas casas", afirma Antonio González, morador da cidade portuária.

Se Concepción dá a sensação de isolamento, a situação parece ainda mais crítica nos balneários da costa do sul-centro do Chile, onde as ondas gigantes fizeram o maior estrago.

Pulluhue, Cobquecura, Dichato e Constitución são cidades que foram destruídas pela força da água e onde há mais desaparecidos.

Nas últimas horas a inquietação também aumentou a respeito das centenas de turistas que passavam os últimos dias de verão na região.

com France Presse






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