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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Terça - 02 de Março de 2010 às 17:39

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Embalado pelo bom desempenho do setor automotivo, um dos mais beneficiados pelas medidas anti-crise do governo federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que, "pela primeira vez na indústria automobilística, para não dizer na história do Brasil, as filiais estão melhores do que as matrizes".

"Os alunos de antes vão agora dar aula para os professores de anteontem", afirmou nesta terça-feira em evento promovido pela Anfavea (associação das montadoras). "Hoje não há razão para qualquer indústria do mundo ter dúvidas a respeito do Brasil", completou.

O presidente afirma ter descoberto que o brasileiro tem quatro paixões: casar com homem/mulher bonito/a, casa, carro e computador. "Dê isso ao cidadão e ele não vai nem fazer oposição ao governo. Ele vai passar o final de semana lavando a calota do carro, ficará até três horas da manhã na internet e aí, quando pensar no governo, vai lembrar da mulher e aí não lembra de mais nada".

Segundo Lula, "se o mundo tivesse dado os passos que o Brasil deu, o Lehman Brothers nao teria quebrado", avaliando que os países desenvolvidos ainda vão demorar para sair da crise.

Na sua opinião, o país tem que trabalhar para ser o primeiro mercado mundial. "Olha o mapa do Brasil, as condições dos avanços tecnológicos da indústria brasileira e olhem o que nós temos de condições ao lado de toda a América Latina, as condições dos produtos brasileiros terem acesso a esses mercados", disse.

De acordo com o presidente, o país tem uma disposição extraordinária de "adentrar o mercado latino-americano". "Esses países antes eram subordinados ao mercado norte-americano, que não tem mais a mesma visão intercontinental de antes. Cada um quer livrar sua economia da crise."

Na recente visita ao México, Lula disse que alertou o presidente, Felipe Calderón, para não ficar dependente dos Estados Unidos. "Estive no México e disse que é uma vergonha que o comércio entre os dois países seja de apenas US$ 7 bilhões. Podiam ser US$ 25 bilhões porque são quase 300 milhões de habitantes nos dois países e, portanto, tem um potencial extraordinário de comércio."

Para Lula, "é mais provável que a África compre produtos brasileiros do que os países desenvolvidos que têm muito mais tecnologia que a gente".

Crédito

Lula comparou a situação do crédito no Brasil em 2003, quando a carteira total somava R$ 381 bilhões, com os números atuais de R$ 1,410 trilhão. "E é pouco [...] Precisou tomar posse um torneiro mecânico que passou 30 anos dizendo que era socialista para lembrar que um regime capitalista precisa de capital senão ele não funciona. Nós éramos um país capitalista vivendo um regime de crédito como se fosse a velha União Soviética", comparou.

Lula ressaltou ainda que o governo não fez nada mais que o óbvio ao fortalecer o crédito no país. "Quando a criança está com fome, a mãe dá comida. Nós não fazíamos o óbvio porque entendíamos que tinham coisas mais difíceis para serem feitas."






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