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Repórter News - reporternews.com.br
Internacional
Domingo - 28 de Fevereiro de 2010 às 07:06

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O maremoto causado pelo tremor de 8,8 graus na escala Richter que sacudiu o Chile na madrugada de sábado pôs no alerta todo o Pacífico Sul e seus efeitos foram notados na Nova Zelândia, Tonga e Samoa.

 

Ondas de quatro metros de altura castigaram parte das Ilhas Marquesas, na Polinésia Francesa, informou a rádio ABC, sem que tenham acontecido vítimas, segundo as primeiras informações. Em questão de três horas, as ondas aumentaram de 20 centímetros para 1,5 metro, nas Ilhas Chatham, perto da cidade de Christchurch, na ilha do Sul, e se prevê que continuem crescendo durante outras nove horas.

Os efeitos do tsunami, uma alta do nível do mar acima do normal, seguido por um descenso abaixo desse nível também se prevê que se sinta na Austrália. As autoridades australianas fecharam o acesso a todas as praias do estado de Nova Gales do Sul, no leste do país, onde milhares de cidadãos esperavam aproveitar um dos últimos domingos do verão.

Os escritórios de Meteorologia de Queensland, Victoria e Tasmânia, todos na costa leste da Austrália também emitiram alertas, mas indicaram esperar que o efeito do tsunami chegue muito franco e sem capacidade de causar danos. Alertaram que haverá ondas perigosas, fortes correntes oceânicas e inundações nas áreas baixas, recomendando aos navios que fiquem perto do litoral que voltem ao porto e os que estejam longe que esperem em alto-mar.

A Administração Nacional de Atmosfera e Oceanos dos EUA (NOAA) emitiu um alerta de tsunami para uma ampla área do Pacífico, incluindo México, Peru, Equador, Nova Zelândia, Austrália, Rússia, Indonésia, Japão, Filipinas, além do Chile.

 

Tragédia no Chile
Centenas de pessoas morreram após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter registrado na madrugada de sábado (27) no Chile. A contagem de corpos pode passar de 300, e o número de afetados, de 2 milhões, segundo o governo. A presidente Michelle Bachelet declarou "estado de catástrofe" no país.

O tremor teve epicentro no mar, a 59,4 km de profundidade, na região de Maule, no centro do país e a 300 km ao sul da capital, Santiago. Por isso, foi enviado um alerta de tsunami ao chile, Peru e Equador. Segundo fontes oficiais, o terremoto aconteceu às 3h26 pelo horário local (mesmo horário em Brasília). O número de vítimas mortais e de feridos pode aumentar.

Efeitos do estrago
Os danos materiais do terremoto ainda estão sendo avaliados. O muro de uma prisão veio abaixo com o abalo sísmico, o que causou a fuga de mais de 200 detentos na cidade de Chillán, a 401 quilômetros de Santiago. O aeroporto internacional de Santiago foi fechado devido a alguns danos em suas instalações, e várias pontes ficaram danificadas. A luz e o serviço de telecomunicações estão cortadas na região metropolitana e em Valparaíso foram registrados danos internos em edifícios. Os bombeiros correm as ruas de Santiago com megafones dando instruções à população.

Em alguns lugares, falta água potável. Pelo menos três hospitais na capital desabaram e na cidade de Concepción, cerca de 400 km ao sul de Santiago, o edifício do governo local desmoronou e pacientes estavam sendo transferidos dos hospitais, segundo rádios chilenas.

Mais forte que no Haiti
O movimento sísmico, muito mais poderoso que o mortífero terremoto que devastou o Haiti em janeiro, também causou pânico no popular balneário de Viña del Mar. De manhã, policiais e bombeiros percorriam as ruas em distintas cidades do país para verificar a magnitude dos danos e socorrer vítimas.

O terremoto ocorreu poucos dias antes de completar 25 anos do sismo que causou centenas de vítimas e destruiu várias localidades no litoral central do Chile, em 3 de março de 1985.

Com informações da Reuters, EFE e 20 minutos.es






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