Investigada por estelionato, a lotérica de Novo Hamburgo teve suas atividades suspensas
Mega-Sena: Polícia vai ouvir hoje apostadores do suposto bilhete premiado
A polícia de Novo Hamburgo começa a ouvir nesta terça-feira (23) os sete apostadores que participaram de um bolão e dizem ter acertado os números da Mega-Sena sorteados no último sábado. O delegado da Polícia Civil Clóvis Nei da Silva vai abrir um inquérito para investigar o caso e a polícia trabalha com a hipótese de estelionato.
A lotérica tem prazo de cinco dias úteis para apresentar sua defesa junto à Caixa. O grupo de Novo Hamburgo que afirma ter vencido o prêmio de R$ 53 milhões da Mega-Sena vai tentar bloquear na justiça o valor a que teria direito.
Investigada por suposto estelionato, a lotérica Esquina da Sorte, em Novo Hamburgo, teve suas atividades suspensas por tempo indeterminado pela Caixa Econômica Federal. A suspensão impede que serviços bancários e apostas relacionadas a loterias sejam feitas no local.
De acordo com o advogado de parte dos apostadores, Marcelo Luciano, além do valor, será cobrada indenização por danos morais que, no entendimento dele, é de responsabilidade da lotérica e da Caixa Econômica Federal.
A Caixa garante que o bilhete com as dezenas sorteadas não foi registrado e lembra que o prêmio acumulou. Por meio de nota, o banco afirma que vai apurar se houve irregularidades.
Os relatos dos "vencedores" são os mais variados. Francisco Biasi disse que chegou a comemorar os mais de R$ 1 milhão que teria direito. Já Ronei Dilli resolveu conferir sua aposta só depois de saber que o prêmio não seria pago e agora tenta ser indenizado.
Nesta segunda-feira, ele foi um dos que procuraram a polícia para registrar o caso.
Quarenta pessoas participaram de um bolão promovido pela lotérica Esquina da Sorte, no centro de Novo Hamburgo. Todos têm comprovantes com os números que deveriam ser apostados, mas o bilhete original não aparece no registro da Caixa.
De acordo com a lotérica houve erro da empresa responsável pela confecção dos bolões. Segundo o gerente Ederson da Silva, que não soube explicar onde é feito o cartão do jogo coletivo, o comprovante repassado aos apostadores tem números diferentes do que foi jogado. Para ele, pode ter havido um erro de digitação. O dono do estabelecimento não compareceu ao local nesta segunda.
Nessa manhã a Brigada Militar teve que ser chamada. A concentração de apostadores intimidou os trabalhadores, que temiam reação violenta. Nenhum incidente foi registrado.
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