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Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Domingo - 21 de Fevereiro de 2010 às 07:24
Por: Steffanie Schmidt

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O crescimento da industria têxtil em Mato Grosso é visível. A avaliação é da presidente do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Mato Grosso (Sinvest), Cláudia Fagotti. Ela não sabe quantificar a expansão em números, mas ressalta que a instalação de uma das maiores indústrias do ramo, a Vicunha Têxtil, no Estado, é prova desse incremento. "Penso que em breve estaremos fazendo frente ao mercado do Nordeste, que hoje é um dos dominantes no quesito vestuário".

A Vicunha Têxtil, uma das gigantes do mercado de jeans, sediada no Ceará, deverá ser se instalar em Mato Grosso até o fim do ano. "Teremos um produto 100% mato-grossense: da produção do algodão à peça final", afirma Cláudia. Isso será responsável por colocar o Estado em posição privilegiada no mercado competitivo, já que a proximidade de todos os estágios da cadeia influenciará no preço do produto. Outra indústria que anunciou a ampliação do seu parque industrial, já instalado em Mato Grosso desde 2008, foi a Santana Têxtil. O novo aporte, no valor de R$ 176 milhões, serão aplicados nos próximos 2 anos, e vão criar 400 empregos.

Mas não é só da produção em massa que vive o mercado de vestuário local. Apostando na alta costura, o estilista e costureiro Marcos Antônio Resende, vai a São Paulo de 3 a 4 vezes, por ano, para comprar tecido e aviamentos a fim de atender a demanda dos quase 6 vestidos deste nível, que ele produz mensalmente. Os vestidos variam entre R$ 500 e R$1 mil. "É claro que isso encarece o produto final". Mesmo assim, ele afirma que tem clientela fixa, tanto na Capital quanto no interior. "O mercado consumidor em Mato Grosso é muito promissor. Falta apenas que a indústria enxergue isso".

A costureira Eutemia da Silva acredita nesse potencial desde 1974. Hoje ela acumula cerca de 1,5 mil clientes que já passaram pelo seu ateliê, no bairro Goiabeiras. Entre eles estão pessoas da alta sociedade cuiabana do interior como Rondonópolis, Tangará da Serra, Sorriso e Sinop. A dificuldade de encontrar tecido também é citada por ela, mas a qualificação da mão-de-obra é o grande empecilho. "O que mantém meus clientes é a qualidade do meu trabalho e atualmente as costureiras que vêm trabalhar não tem o conhecimento daquela costura embutida".

O volume de encomendas é tão grande que ela atende reformas das maiores boutiques do shopping, e de outros pontos da cidade. "Já cheguei a atender 13 casamentos em uma temporada". As criações dela não têm etiqueta, mas a marca assinada por ela segue fazendo sucesso de "boca em boca" e ampliando a clientela.





Fonte: A Gazeta

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