Número de mortos em temporal na ilha da Madeira sobe para 32

Ao menos 32 pessoas morreram e outras 68 ficaram feridas em consequência das enchentes no arquipélago português da Madeira, onde chove intensamente desde a madrugada.

Segundo fontes da Prefeitura de Funchal, a capital das ilhas, as chuvas deixaram povoados isolados, estradas bloqueadas e graves danos em diversas áreas.

Uma porta-voz de Defesa Civil da Madeira disse às agências de notícias Reuters e France Presse que o número de mortos já chegou a 32. ""Nós temos conformadas 32 mortes, mas ainda estamos tentando levantar quantas pessoas estão desaparecidas, então o número de mortos pode ainda subir", disse.

Já o governador do arquipélago, Alberto João Jardim, disse que outras 68 pessoas foram hospitalizadas.

O primeiro-ministro português, José Sócrates, se declarou "consternado" pelas mortes e pela destruição. Segundo ele, as imagens das inundações são "desoladoras". Sócrates disse ainda que o governo português vai enviar ajuda às vítimas e o ministro da Administração Interna português, Rui Pereira, viajará para o arquipélago assim que as condições do tempo permitirem.

Em declarações à imprensa portuguesa, o prefeito de Funchal, Miguel Albuquerque, disse que várias de suas avenidas principais e bairros estão completamente intransitáveis. As regiões mais baixas da cidade e dois de seus principais shoppings tiveram que ser esvaziados.

O temporal causou ainda deslizamentos de terra e queda de árvores. O prefeito Albuquerque aconselhou que os moradores permaneçam em suas casas.

Devido aos ventos de até 100 km/h, o Aeroporto Internacional de Madeira foi fechado e o tráfego aéreo foi desviado para as Ilhas Canárias, a menos de 400 quilômetros de distância.

Os serviços de meteorologia declararam alerta vermelho, o mais alto, no arquipélago, onde as ondas passam dos quatro metros de altura.

Com Efe, France Presse e Reuters.