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Repórter News - reporternews.com.br
Politica Brasil
Sexta - 19 de Fevereiro de 2010 às 20:00

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Pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, o ex-ministro Tarso Genro (Justiça) disse nesta sexta-feira que a disputa com o aliado José Fogaça (PMDB) no Estado não vai trazer prejuízos à sua candidatura. Tarso afirmou que, como o PMDB é aliado do PT em nível nacional, o duplo palanque da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no Estado será favorável ao seu nome.

"Não sei porque acham que eu perderia votos com o apoio do Fogaça à Dilma. É o reconhecimento da legitimidade do PT. A eleição para a Presidência da República é mais importante que qualquer uma. No Rio Grande do Sul, eu não vejo nenhum prejuízo para a nossa candidatura", afirmou.

Tarso disse ser favorável à resolução aprovada hoje no congresso nacional do PT que dá poderes para o Diretório Nacional do partido solucionar impasses sobre alianças estaduais. Como o Rio Grande do Sul é uma das localidades onde há candidatos do PT e do PMDB ao governo do Estado, o comando petista pode intervir se as duas legendas não chegarem a um consenso.

"Eu sou favorável a isso, tenho a visão de que o sistema político brasileiro está deformado. Este poder de direção sendo usado com ponderação, não de maneira arbitrária, é correto porque dá predominância à questão nacional", afirmou Tarso.

O deputado Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT, classificou de "normal" o fato de Dilma ter duplo palanque no Rio Grande do Sul e em Estados como a Bahia e, possivelmente, Minas Gerais. "Ou a ministra vai aos dois palanques, ou a nenhum. A campanha presidencial não pode ficar presa a desígnios partidários", afirmou.

Berzoini disse que, como o partido não pode definir regra única para as alianças nos Estados, vai discutir os impasses regionais caso a caso. "Eu sou um grande defensor do PT, mas sei que campanha presidencial tem que conciliar outros interesses. Não tem como fechar um regra claríssima para todos os Estados", afirmou.

Sobre o impasse em Minas Gerais, em que dois pré-candidatos do PT se colocaram na disputa, assim como o peemedebista Hélio Costa (ministro das Comunicações), Berzoini disse acreditar que até abril haja um consenso sobre a candidatura da base aliada em Minas. "Depois de março, no início de abril, deve ter uma definição. Lá ainda não está assimilado pela população quem são os candidatos. Temos que ter paciência, tranquilidade, evitar a hostilidade", afirmou.

O petista disse que o partido vai evitar ao máximo a realização de prévias no Estado, caso o ministro Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel (PT) estejam dispostos a entrar na disputa pelo governo de Minas. "Vamos tentar evitar o gasto de energia em prévia", afirmou.

PMDB

A cúpula petista convidou líderes do PMDB para participarem, amanhã, do lançamento da pré-candidatura de Dilma à Presidência no congresso nacional do PT, realizado desde ontem em Brasília. Temer não confirmou presença, mas Berzoini disse acreditar que os peemedebistas vão aceitar o convite. Caso não compareçam ao evento, Berzoini disse que o gesto não vai trazer rusgas à aliança nacional entre PT e PMDB.

"Eles foram convidados para vir amanhã, iam avaliar se, sem a deliberação do PMDB, era conveniente [a presença] ou não", afirmou.






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